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Presidenciáveis criticam atos de Bolsonaro durante 7 de Setembro

Ciro Gomes, Simone Tebet e Soraya Thronicke reprovaram falas e postura do atual presidente durante as comemorações pela Independência

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autoridades acompanham o desfile de 7 de setembro na esplanada em brasília 14
1 de 1 autoridades acompanham o desfile de 7 de setembro na esplanada em brasília 14 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Durante as festividades do Bicentenário da Independência, presidenciáveis reagiram às manifestações desta quarta-feira (7/9) e teceram críticas aos discursos e à postura do atual presidente República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Os principais alvos são as falas consideradas machistas e o caráter eleitoreiro que tomou conta das comemorações. Ciro Gomes (PDT), classificou os eventos como “uma promiscuidade” e “uma falta de vergonha”. “Eu nunca vi uma promiscuidade, uma falta de vergonha, uma falta de compostura, uma falta de honra tão extensa no centro do poder brasileiro”, reclamou o pedetista.

Ciro criticou a presença do empresário Luciano Hang ao lado do chefe do Executivo federal no discurso em Brasília, deixando de lado Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal. “É uma verdadeira agressão diplomática que bota um empresário picareta, investigado pela Justiça, sonegador, bandido, no lugar ao lado do presidente.”

“Termino o dia aliviado porque não morreram pessoas. Afinal de contas, o resto de democracia ainda nos permite ter a liberdade de denunciar essas mazelas todas, mas profundamente entristecido com o que estão fazendo no Brasil”, continuou o pedetista.

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“Masculinidade tóxica”

Simone Tebet (MDB) também desaprovou falas de Bolsonaro durante as comemorações do Bicentenário da Independência. Após o discurso em que o presidente comparou a primeira-dama Michelle Bolsonaro com a esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rosângela Silva, conhecida como Janja, a presidenciável foi às redes sociais o discurso, que considerou como “vergonhoso e patético”.

“Vergonhoso e patético. No dia da Independência do Brasil, o presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil. Como brasileira e mulher, me sinto envergonhada e desrespeitada”, criticou Tebet.

“Além de pária internacional devido à falta de segurança e estabilidade política, agora o país também vira motivo de chacota pelas falas machistas do seu líder, que deveria dar exemplo. O Brasil não merece o governo que tem.”

Na ocasião, o presidente havia dado “conselhos” aos solteiros: “E eu tenho falado para os solteiros que estão cansados de serem infelizes: procurem uma mulher, uma princesa, se casem com ela, para serem mais felizes ainda”, disparou e, em seguida, beijou a primeira-dama. Bolsonaro ainda puxou um coro de “imbrochável”, termo usado em outras ocasiões por apoiadores.

A fala também foi alvo de desaprovação de Soraya Thronicke (União Brasil), que afirmou que o presidente “prima pela desqualificação”.

“Divorciado do respeito à data, em pleno 7 de Setembro, o presidente insiste em propagar que é imbrochável, informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro. O que o Brasil precisa, mesmo, é de um presidente incorruptível. Bolsonaro prima pela desqualificação”, assinalou Soraya no Twitter.

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