Polícia investiga crimes políticos no Ceará e em Santa Catarina
Duas mortes ocorreram após discussões dentro de bares, no Ceará e em Santa Catarina, supostamente por questões eleitorais
atualizado
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As polícias civis de dois estados investigam mortes ocorridas, supostamente, após discussões políticas dentro de bares. Em menos de 24 horas, dois homens, um eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram assassinados. Os crimes aconteceram no Ceará e em Santa Catarina, no sábado (24/9). No primeiro caso, o suspeito foi preso. No segundo, a pessoa se encontra foragida.
As duas desavenças aconteceram em bares, nas respectivas regiões. No primeiro caso, um homem de 39 anos, que não teve o nome divulgado foi assassinado com 39 golpes de faca em um bar na cidade de Cascavel, no Ceará.
De acordo com relatos, o suspeito, de 59 anos, teria chegado ao estabelecimento e perguntado “quem era Lula”. A vítima, então, se identificou com eleitor do petista e, com isso, iniciou-se um discussão política. Depois que os nomes de Lula e Bolsonaro foram ouvidos pelas testemunhas, o criminoso partiu para a agressão.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que o suspeito contava com passagens por lesão corporal dolosa, enquanto a vítima não tinha.
“Com base nas informações colhidas no local do crime, a motivação do crime estaria relacionada a discussão política. No dia, a vítima chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico”, diz trecho da nota. No mesmo dia, o órgão afirmou que o suspeito foi preso preventivamente.
“A decisão judicial pelo crime de homicídio qualificado foi cumprido em desfavor do homem na Delegacia Metropolitana de Cascavel, onde ele foi ouvido. Agora, que já tinha passagem por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica, se encontra à disposição da justiça”, explicou a secretaria.
Santa Catarina
Já em Santa Catarina, um homem identificado como Hildor Henker, de 34 anos, estava em um bar em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, quando também foi esfaqueado. Após o crime, ele chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e, no domingo (25/9), acabou morrendo.
O acusado do crime, neste caso, também era mais velho que a vítima (tem 58 anos). Os dois bebiam juntos e, em determinado momento, começaram a discutir porque Henker supostamente usava, no momento do crime, uma camiseta em sinal de apoio a Bolsonaro. O suspeito, por outro lado, era conhecido na região por ser favorável ao candidato Lula.
A agressão teria começado dentro do bar, mas os dois saíram do estabelecimento. A facada pela qual a vítima foi atingida acertou a artéria femoral. O caso é tratado como homicídio, mas o suspeito ainda não foi capturado.
O Metrópoles tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, mas até a última atualização desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto.