PM de Juiz de Fora aponta arma para grupo do MST que esperava Lula
Em vídeo nas redes sociais do MST, um policial aparece com arma apontada para um pequeno grupo que se manifestava pacificamente
atualizado
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Policiais militares de Juiz de Fora abordaram de forma intimidatória um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que aguardavam a passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista cumpre agenda de pré-campanha nesta quarta-feira (11/5) na cidade da Zona da Mata mineira.
Em um vídeo, publicado nas redes sociais do MST, é possível observar um dos policiais com arma – que parece ser uma espingarda –apontada para os militantes, enquanto uma pessoa argumentava ser uma manifestação pacífica.
No local, um grupo de bolsonaristas incentivava a polícia a intimidar os sem-terra. Uma das pessoas presentes chegou a estimular: “Atira!”
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O Metrópoles tentou entrar em contato com a polícia da cidade, no entanto, não obteve resposta. O espaço segue aberto.
A abordagem ocorreu na parte da manhã, quando o grupo de aproximadamente 60 pessoas aguardava Lula nas proximidades do aeroporto. De acordo com o MST, outro grupo, com cerca de 20 apoiadores de Bolsonaro, também se concentrava no local com carros de som e se preparavam para bloquear a passagem do ex-presidente.
“Ocupamos o canteiro central, sem obstruir nenhuma via, num ato de marcar presença e receber o nosso presidente, quando a Polícia Militar, sem a tarja de identificação no velcro da farda e claramente com um dos agentes muito alterado, seguiu uma direção fora do comando da PM e nos ameaçou com escopeta”, disse Carolina Rodrigues, dirigente regional do MST na Zona da Mata.
Carolina Rodrigues sustenta que a ação da polícia tinha como objetivo retirar os militantes do MST da portaria e do canteiro central da avenida, deixando o espaço apenas para apoiadores do atual presidente.