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Pesquisador do Datafolha é agredido por bolsonarista no interior de SP

Na rua, o agressor chamou o entrevistador de “vagabundo” e afirmou que a pesquisa só é feita com os apoiadores do ex-presidente Lula

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Reprodução/Folha de SP
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1 de 1 reprodução-folha - Foto: Reprodução/Folha de SP

Um pesquisador do Datafolha foi agredido na tarde dessa terça-feira (20/9) com chutes e socos por um apoiador do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), em Ariranha, no interior de São Paulo, segundo informação publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A agressão ocorreu enquanto o pesquisador entrevistava uma pessoa. O apoiador do presidente, identificado como Rafael Bianchini (foto em destaque), se aproximou e, exaltado, pediu, aos gritos para que também fosse ouvido para o levantamento.

No meio da rua, Bianchini chamou o profissional do Datafolha de “vagabundo” e afirmou que a pesquisa só é feita com os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com o jornal, as agressões físicas começaram após o pesquisador terminar a entrevista com um outro eleitor. Ele teve as costas atingidas por socos e seu material de trabalho foi derrubado no chão. Ao reagir às agressões, o pesquisador também foi atacado pelo filho do bolsonarista.

As agressões só cessaram quando vizinhos interromperam e contiveram Rafael e o filho. Em um outro momento, apoiador de Bolsonaro voltou a agredir o entrevistador verbalmente e o ameaçou com uma peixeira, um tipo de faca destinada ao corte de peixe. Nesta hora, Rafael foi contido pelo filho.

O atentado contra o profissional foi registrado na Delegacia de Polícia de Ariranha. Segundo o delegado Gilberto Cesar Costa, os autores das agressões já foram identificados e o a investigação segue em sigilo.

Agressão

O Instituto Datafolha relata que, apenas no último dia 13, foram contabilizadas dez intercorrências em municípios de diferentes regiões do país, num universo de 470 pesquisadores. Os casos ocorreram nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranhão, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo o instituto, as pessoas que buscam intimidar os pesquisadores se declaram como bolsonaristas ou citam o nome do presidente Bolsonaro.

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