PE: após aliado perder no 1º turno, Lula passa a apoiar Marília Arraes
A candidata do Solidariedade passou o 1º turno “explorando” a imagem do petista e agora disputa o segundo turno contra Raquel Lyra (PSDB)
atualizado
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A candidata ao governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) compartilhou nesta quarta-feira (12/10) um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República, pede aos eleitores do estado que a elejam no segundo turno. “Uma mulher que sempre esteve ao meu lado”, diz o petista.
Assista ao vídeo:
Marília disputa o segundo turno contra Raquel Lyra (PSDB), ex-prefeita de Caruaru. Ela liderou a corrida eleitoral no primeiro turno, quando acabou com 23,97% (1.175.651 votos), contra 20,58% (1.009.556 votos) da adversária.
Porém, o cenário no segundo turno é diferente: nova pesquisa Ipec, divulgada nessa terça-feira (11/10), mostra Raquel Lyra com 50% das intenções de voto, enquanto Marília tem 41% dos votos totais.
Lula ficou sem candidato em seu estado natal – ele nasceu em Caetés, então distrito de Garanhuns – uma vez que o deputado federal Danilo Cabral (PSB) acabou em quarto lugar na disputa pelo governo, com 18% dos votos.
Até então, o nome do Solidariedade ao governo pernambucano não fazia parte do “time de Lula”. No entanto, a escolha por Marília Arraes como candidata do petista ao Palácio das Princesas se deu de forma natural, uma vez que ele já foi dos quadros do PT local.
Apoio não oficial
A candidata do Solidariedade utilizou durante toda a sua campanha a imagem de Lula, mesmo sem seu apoio oficial. Em setembro, uma liminar foi concedida contra a campanha de Marília Arraes que usava o termo “Lula é Marília” em peças publicitárias. A ação foi movida pela coligação Frente Popular de Pernambuco e atendida pelo desembargador Rogério Fialho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado.
Na decisão, Fialho escreveu que a mensagem criava “artificialmente na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais” por retratar um suposto apoio que não se reflete nas coligações estaduais.