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Partido da Mulher Brasileira tenta, de novo, mudar de nome

Sigla do ex-ministro Abraham Weintraub tentou mudar de nome para “Brasil” tentando se vender como reduto dos patriotas, mas TSE barrou

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Fábio Vieira/Metrópoles
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, chega na Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste de São Paulo
1 de 1 O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, chega na Superintendência da Polícia Federal, na zona oeste de São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Após uma primeira tentativa frustrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido da Mulher Brasileira (PMB) está tentando novamente mudar de nome. O partido que abriga o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub entrou com novo pedido na Justiça Eleitoral e com uma solução que permite a manutenção ao menos da sigla: Por Mais Brasil.

A mudança de nome apenas para “Brasil” foi rejeitada em julgamento no TSE no último dia 10 de março, sob a justificativa de que a mudança teria potencial intenso para gerar confusão ou induzir o eleitorado a erro. O relator do pedido foi o ministro Alexandre de Moraes, que foi acompanhado de forma unânime pelos demais magistrados na recusa à mudança.

Em comunicado enviado aos filiados nesta quinta-feira (5/5), a presidente nacional da legenda, Suêd Haidar Nogueira, informou que o estatuto com o novo nome já foi registrado em cartório e que deve ser julgado novamente pelo TSE, em data ainda não definida.

“Acreditamos que conseguiremos o julgamento da mudança de nome em tempo hábil para as próximas eleições”, escreveu ela.

Histórico

Criado em 2018 com a suposta intenção de representar o eleitorado feminino, o Partido da Mulher Brasileira sempre enfrentou contradições ligadas ao nome. A legenda sempre contou com forte presença de lideranças masculinas, e costuma lançar mais homens do que mulheres para concorrer em eleições. Em 2018, foram 226 homens contra 163 mulheres, juntando todos os cargos. Em 2020, as candidaturas do PMB para prefeituras tinham 14 mulheres e 49 homens.

Apoio a Haddad em 2018

As tentativas do PMB para mudar de nome têm relação com o objetivo de tornar o partido um lar para conservadores extremistas, como o ex-ministro Weintraub, pré-candidato ao governo de São Paulo no papel de um bolsonarista desgarrado.

Num passado recente, porém, a legenda adotou posições que não combinam em nada com esse novo caminho.

Na eleição presidencial passada, em 2018, o PMB apoiou o petista Fernando Haddad no segundo turno. Na época, justificou a decisão com uma mensagem que previa que Bolsonaro poderia “afundar o Brasil em um caos sem precedentes”.

A postagem de apoio a Haddad ainda está no perfil oficial da sigla no Instagram, junto a outros posts críticos ao governo e defesas de pautas progressistas, como a luta contra o racismo. Veja:

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Vidas Negras Importam
Críticas à formação do governo Bolsonaro, em 2019
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Apoio a Haddad em 2018: "Só é possível fazer oposição e propor o debate em um ambiente democrático, por isso o PMB apoia Fernando Haddad contra o retrocesso e o ódio".

Reprodução/Instagram
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Vidas Negras Importam

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Críticas à formação do governo Bolsonaro, em 2019

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