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Paraná Pesquisas é instituto que mais chegou perto do resultado do 2° turno

Os principais institutos de pesquisas, mais uma vez, registraram números distantes do resultado final na disputa entre Lula e Bolsonaro

atualizado

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Montagem colorida com imagens de Lula e Bolsonaro datafolha filiação - Metrópoles
1 de 1 Montagem colorida com imagens de Lula e Bolsonaro datafolha filiação - Metrópoles - Foto: Reprodução

Os principais institutos de pesquisas, mais uma vez, registraram números distantes do resultado final do segundo turno da disputa presidencial, definida nesse domingo (30/10). O Paraná Pesquisas, porém, foi o que mais chegou perto de cravar os percentuais aferidos nas urnas. O MDA/CNT também se aproximou: 51,1% para Lula e 48,9% para Bolsonaro, de acordo com levantamento feito na véspera da eleição.

Após a apuração de votos atingir 100%, o petista Luiz Inácio Lula da Silva terminou a eleição com 50,9% contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL). O levantamento do Paraná Pesquisas, publicado na véspera da eleição (29/10), foi o que chegou mais perto do resultado. A sondagem apontou o petista com 50,4% ante 49,6% do atual presidente. O levantamento foi feito por meio de entrevistas presenciais e ouviu 2.400 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Grandes institutos

Assim como no primero turno, institutos consolidados como o Datafolha e o Ipec — este último formado por ex-dirigentes do Ibope — registraram resultados distantes do que foi visto nas urnas. No último Datafolha, de 29 de outubro, Lula aparece com 52% contra 48% de Bolsonaro. A margem de erro para a consulta é de dois pontos percentuais.

Já o Ipec, também do dia 29 de outubro, indicava o petista com 54%, e o candidato à reeleição, com 46%. A margem de erro também é de dois pontos percentuais. O segundo turno, no entanto, terminou com uma margem muito mais apertada.

A seguir, o resultado das urnas e as projeções publicadas pelos institutos na véspera:

 

Paraná Pesquisas
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 50,4% x 49,6% Bolsonaro
Margem de erro: 2 pontos percentuais
Nº de registro: BR-09573/2022

Datafolha
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 52% x 48% Bolsonaro
Margem de erro: 2 pontos percentuais
Nº de registro: BR-08297/2022

Ipec
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 54% x 46% Bolsonaro
Margem de erro: 2 pontos percentuais
Nº de registro: BR-05256/12

Ipespe
Data de divulgação: 25/10
Resultado: Lula 53% x 47% Bolsonaro
Margem de erro: 3 pontos percentuais
Nº de registro: BR-08044/2022

Quaest
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 52% x 48%
Margem de erro: 2 pontos percentuais
Nº de registro: BR-05765/2022

MDA/CNT
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 51,1% x 48,9%
Margem de erro: 2,2 pontos percentuais
Nº de registro: BR-01820/2022

Atlas
Data de divulgação: 29/10
Resultado: Lula 53,4% x 46,6% Bolsonaro
Margem de erro: 1 ponto percentual
Nº de registro: BR-00388/2022

1° turno marcado por erros

O primeiro turno das eleições deste ano foi marcado pelas diferenças abissais entre os resultados reais da eleição e aqueles projetados pelos maiores institutos de pesquisas eleitorais.

Em muitos casos, empresas com tradição no mercado, como Datafolha e Ipec, erraram por mais de 10 pontos, levando principalmente os políticos e militantes do campo conservador a questionar as metodologias usadas.

A distorção começa pelo cargo mais importante, o de presidente da República. Datafolha e Ipec apontavam diferença de 14 pontos percentuais entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário, no entanto, terminou bem acima do esperado, com 43,3% dos votos computados, enquanto os dois institutos o projetavam com 37% e 36%, respectivamente.

Institutos sob investigação

Os resultados finais das urnas jogaram uma nuvem de desconfiança sobre os institutos de pesquisa, incentivada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Federal (PF) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) chegaram a abrir investigações para apurar a atuação das empresas durante a campanha eleitoral, mas elas foram suspensas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

O ministro chamou os procedimentos de “evidente usurpação da competência” do TSE e apontou “incompetência absoluta” e “ausência de justa causa” da PF e do Cade.

Parlamentares buscam, na Câmara dos Deputados e no Senado, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos. Ambos os requerimentos atingiram o mínimo de assinaturas necessárias; no entanto, não há previsão para instalação.

Em entrevista ao Metrópoles, na segunda-feira (24/10), Bolsonaro voltou a colocar dúvidas sobre a confiança nas sondagens. Segundo o mandatário, levantamentos feitos pela própria campanha apontam um empate técnico entre os presidenciáveis.

“Pessoal passa, meus técnicos, que a gente está num empate técnico. Mas eu sempre digo, não podemos confiar em pesquisas. Porque, coincidentemente, todas as pesquisas jogam contra mim desde 2018. E não foi diferente agora”, declarou em entrevista à diretora-executiva do Metrópoles, Lilian Tahan.

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