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Número de candidatos da área da saúde cresce 11% nas eleições 2022

Profissionais do segmento representam 5,7% do total de candidaturas. Representantes da categoria, contudo, apontam baixa representação

atualizado

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1 de 1 Abre-candidatos-da-Saúde-Recuperado - Foto: Caio Ayres/Arte/Metropoles

O número de profissionais da saúde que se candidataram às eleições 2022 subiu 11% em relação ao último pleito geral, em 2018. Neste ano, 1.656 integrantes do segmento se lançaram às urnas (5,7% do total de candidaturas registradas na Justiça Eleitoral).

Os dados foram levantados pelo Metrópoles no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir de informações preliminares da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem).

De acordo com a instituição, apesar do avanço impulsionado pela pandemia de Covid-19, a representatividade da categoria nos centros de formulação de políticas públicas “ainda é baixa pelo peso que ela possui”. 

“Essa é uma das áreas que mais impactam a população, tem um grau de importância imensurável. O mundo todo ainda sofre os efeitos da pandemia de Covid-19 e outros desafios estão surgindo. Isso só reforça a necessidade de mais representantes do meio no setor público, pautando os principais problemas e fortalecendo a agenda da saúde”, destaca Raul Canal, presidente da associação. 

Presidente, governador, senador e deputado: veja quem são os candidatos nas Eleições 2022

As profissões com maior número de candidaturas são empresários (3.698) e advogados (2.080). Contudo, outros segmentos apresentam maior crescimento de postulantes nas urnas este ano. Conforme o Metrópoles divulgou, o número de candidatos com patente militar cresceu 39%, assim como o índice de policiais militares, que teve acréscimo de 34%.

Apesar do avanço no patamar de candidaturas com relação à categoria, Raul Canal argumenta que os números não asseguram representação adequada nos cargos públicos.

Quanto mais pessoas comprometidas com a causa na esfera pública, maior a chance de qualificar o debate para avançarmos com medidas e políticas públicas que melhorem a saúde no Brasil.”

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Janela partidária: entre 3 de março e 1º de abril, deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato
Transferência do título: em 4 de maio vence o prazo para que eleitores realizem operações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação do Cadastro Eleitoral
Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até 4 de maio para solicitar a emissão do documento pelo sistema TítuloNet
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que queiram votar em outra seção ou local de votação têm entre os dias 18 de julho e 18 de agosto de 2022 para informar à Justiça Eleitoral
Quantitativo do eleitorado: em 11 de julho, o TSE publicará o número oficial de eleitores aptos a votar. O quantitativo serve de base para fins de cálculo do limite de gastos dos partidos e candidatos nas respectivas campanhas
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Janela partidária: entre 3 de março e 1º de abril, deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato

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Transferência do título: em 4 de maio vence o prazo para que eleitores realizem operações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação do Cadastro Eleitoral

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Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até 4 de maio para solicitar a emissão do documento pelo sistema TítuloNet

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Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que queiram votar em outra seção ou local de votação têm entre os dias 18 de julho e 18 de agosto de 2022 para informar à Justiça Eleitoral

Agência Brasil
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Quantitativo do eleitorado: em 11 de julho, o TSE publicará o número oficial de eleitores aptos a votar. O quantitativo serve de base para fins de cálculo do limite de gastos dos partidos e candidatos nas respectivas campanhas

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Composição da mesa receptora de votos: entre 5 de julho e 3 de agosto, serão nomeados os eleitores que farão parte das mesas receptoras de votos e de justificativas. Também serão escolhidas as pessoas que darão apoio logístico nos locais de votação

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Convenções partidárias e registros de candidatura: é nesse período que os partidos fazem deliberações sobre com quem vão coligar e escolhem seus candidatos oficiais às eleições

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Voto em trânsito: eleitores que estarão fora de suas regiões de votação na data da eleição podem solicitar entre 12 de julho e 18 de agosto o voto em trânsito, indicando em que cidade estarão no dia do pleito

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Propaganda eleitoral: a realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas na internet passam a ser permitidas a partir do dia 16 de agosto

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Data da eleição: o primeiro turno do pleito acontecerá no primeiro domingo de outubro, dia 2. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês. A votação começará às 8h e terminará às 17h, quando serão impressos os boletins de urna

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Datas de posse: para os cargos de presidente e vice-presidente da República, bem como de governador, a posse ocorre em 1º de janeiro de 2023. Parlamentares assumem os mandatos em 1º de fevereiro

Agência Brasil

Impacto da pandemia

O aumento de candidaturas do segmento não é algo inesperado, visto que a saúde é o problema público mais debatido no país há alguns anos, por causa da pandemia de Covid-19 e de outras infecções, como o surto recente de varíola dos macacos.

O cenário de saúde no país, no entanto, agravou ainda mais o quadro de trabalhadores do segmento, de acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgada no início deste ano. Cerca de 80% dos profissionais da área, de nível técnico e auxiliar, vivem situação de desgaste devido ao estresse psicológico, à ansiedade e ao esgotamento mental.

Conforme o levantamento, apesar de já atuarem há dois anos na linha de frente do combate à pandemia de Covid-19, muitos deles nem sequer possuem “cidadania de profissional de saúde”.

A pesquisa mostra ainda que pelo menos 53% dos “invisíveis da saúde” não se sentem protegidos contra a Covid-19 no trabalho. Dentre os motivos mencionados, estão o medo generalizado de contaminação; a falta, escassez e inadequação de EPIs; e a ausência de estruturas necessárias para efetuar o trabalho.

As exigências físicas e mentais às quais esses trabalhadores estão submetidos foram consideradas muito altas por 47,9% deles. Além disso, 50,9% admitiram excesso de trabalho.

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