No RJ, Lula critica venda de praias mencionada por Guedes: “Estupidez”

O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou a declaração do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, em que ele defendeu a venda de praias brasileiras. Em visita ao Rio de Janeiro (RJ) nesta sexta-feira (30/9), o petista chamou a proposta de “estupidez” e argumentou que o litoral “é o único bem público que dá ao pobre a aparência de rico”.

“O Guedes disse que quer privatizar as praias. Como alguém pode querer privatizar o único bem público que dá ao pobre a aparência de rico?”, questionou durante evento com a imprensa, acompanhado do candidato ao governo do estado Marcelo Freixo (PSB).

“Pega um cidadão que pode ser o mais pobre do mundo. Colocou uma sandália havaiana velha, um short, e veio para a praia. Você não sabe se ele é o rico ou pobre. Você vai tirar isso do cara?”, completou. “O cara vai ter que ser rico para ir à praia. Vamos ver os ‘bacanas’ comprando Copacabana, e o povo vai ali na calçada e volta? Que estupidez é essa?”.

Em entrevista ao Flow Podcast nessa terça-feira (27/9), Guedes voltou a defender a venda de praias no Brasil e justificou que a não privatização e venda dos litorais são referentes a uma “má gestão”, uma vez que o território “não é de ninguém”. Sem apresentar meios, o ministro afirmou ainda que com o negócio cerca de US$ 1 bilhão poderia ser arrecadado.

O candidato do PT também prometeu priorizar o estado nas próximas semanas, caso saia vencedor neste domingo (3/10) ou como candidato disputando o segundo turno.

“Eu dou garantia que no 2º turno eu virei muitas vezes no Rio de Janeiro, mesmo que eu esteja disputando. o Rio vai ser um estado privilegiado na minha agenda na próxima fase da campanha”, prometeu. “Mesmo se der tudo certo, semana que vem não vamos parar”.

Pedido aos eleitores

Na reta final de campanha, o candidato do PT fez um apelo aos eleitores para que estejam nas urnas no próximo domingo (3). “Quero deixar um recado para o povo brasileiro: é dia de votar, mesmo que vocês não estejam animados, pensando em anular o voto, se abster. Não faça isso. Levante e cumpra seu dever cívico”.

“Essa é a eleição mais importantante da história, significa uma mudança de paradigma na compreensão do que é o papel do estado, da sociedade, onde o povo vai estar colocado na ordem econômica, política e social. Por isso, vamos apelar pro povo votar”, argumentou.