No RJ, Bolsonaro pede votos, ignora caso das rádios e cita futebol
Presidente, que é palmeirense, defendeu uma pausa na campanha no próximo sábado (27/10) em prol de jogo do Flamengo pela Libertadores
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu aos eleitores que tragam mais votos para sua chapa nesta reta final e convocou seus apoiadores a receber o Flamengo no aeroporto caso o time rubro-negro conquiste o título da Libertadores neste sábado (27/10), diante o Athletico, no Equador.
“Vocês votaram em mim no primeiro turno. Dá para trazer mais gente para o nosso lado, vamos pela reeleição do Capitão do Povo. Se cada um trouxer mais um voto com certeza o Brasil continuará em boas mãos”, disse o presidente, em comício na Baixada Fluminense.
“No sábado vamos dar pausa, todos seremos Flamengo. Vamos ganhar a libertadores e receber o Flamengo no Rio de Janeiro”, prometeu.
Bolsonaro chegou à Praça da Matriz, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense do Rio, às 13h45, 1h15 depois do horário programado pela campanha. Muitos apoiadores aguardavam a chegada do presidente desde a manhã, debaixo de sol forte de quase 40C.
Na reta final de campanha, Bolsonaro vai se basear no Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral. Além do comício na Baixada Fluminense, também participa de ato em Campo Grande, zona oeste do Rio, nesta quinta.
Na sexta (28/10), participa de debate na TV Globo. No sábado (29/10), véspera do segundo turno, tem previsão de comparecer em eventos no Aterro do Flamengo e na Barra da Tijuca. No domingo (30/10), o presidente vota na Vila Militar e deve acompanhar a apuração de Brasília (DF).
Antes de discursar, o candidato a reeleição participou de uma moto-carreta de Belford Roxo até a Praça da Matriz, em São João de Meriti, local do comício.
Denúncia sobre rádios
Jair Bolsonaro, que acusou um suposto boicote de rádios às suas inserções, não tocou no assunto durante os poucos mais de 10 minutos de discurso.
Na segunda-feira (24/10), o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que emissoras de rádios do país deixaram de veicular em torno de 154 mil inserções do presidente que tenta a reeleição. A campanha alega que apenas no Nordeste teriam sido 29 mil inserções a menos, o que estaria favorecendo o candidato petista. Ao apresentar as denúncias à imprensa, no entanto, não foram fornecidos detalhes sobre as supostas irregularidades.
Ao receber o documento, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, deu 24 horas para a campanha apresentar “provas e/ou documentos sérios”. Antes do fim do prazo, na terça, a campanha bolsonarista entregou ao TSE relatório com detalhes da denúncia.
Na resposta ao TSE, a defesa de Bolsonaro argumentou que as denúncias foram apresentadas em “regime de urgência” e, por isso, não haviam sido entregues de forma completa.
Na noite de quarta, Moraes rejeitou a ação sobre as supostas inserções irregulares em emissoras de rádio. Bolsonaro afirmou que vai recorrer da decisão e assegurou, durante entrevista ao lado de ministros, em frente ao Palácio da Alvorada: “Iremos às últimas consequências dentro das quatro linhas da Constituição”.