Nas redes, causa LGBTI+ não é prioridade para presidenciáveis
Análise mostra que os quatro principais candidatos das eleições deste ano dão pouco espaço para o debate da causa LGBTQIA+ em suas redes
atualizado
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O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é celebrado nesta terça-feira (28/6) em todo mundo. Porém, o tema não tem ganhado tanto destaque nas redes sociais dos quatro principais pré-candidatos à Presidência do Brasil nas eleições 2022.
É o que mostra análise conduzida pela empresa especialista em dados de redes sociais vert.se. O levantamento tem como base postagens realizadas entre 1º de junho de 2021 e 22 de junho de 2022.
Para se ter ideia de como o assunto é pouco abordado pelos principais postulantes ao Palácio do Planalto, a última vez em que Lula (PT) publicou algo sobre o assunto foi exatamente há um ano, quando também era celebrado o Dia do Orgulho LGBTQIA+.
Jair Bolsonaro (PL), durante o período analisado, teve mais de 14 mil interações ligadas ao tema, onde apoiadores e opositores destacaram principalmente as falas do presidente associando pedofilia à homossexualidade. Na última Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, a oposição aproveitou o evento para criticar ações e o próprio governo federal.
Lula, por sua vez, teve cerca de 8 mil interações envolvendo o assunto em pouco mais de um ano, vindas principalmente de apoiadores divulgando ações realizadas em seus anos de governo.
Ciro Gomes (PDT) aparece como o segundo candidato que menos aborda a causa em suas redes sociais. Apesar de aparecer com 634 interações sobre o tema, o presidenciável é o que mais menciona outros candidatos nas discussões, que envolvem principalmente a comparação de suas propostas sobre pautas como LGBTI+, feminismo e socialismo com a de seus concorrentes.
Simone Tebet (MDB) surge com apenas 26 interações em quase um ano, sendo a única que comentou sobre a última Parada do Orgulho LGBTQIA+ de SP, demonstrando apoio ao movimento.
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