“Não tem o que esconder”, diz Ipec sobre pedido de investigação do MJ
Ministro da Justiça, Anderson Torres, enviou um pedido para Polícia Federal para abertura de investigação sobre os institutos de pesquisa
atualizado
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A CEO do instituto de pesquisa Ipec, Márcia Cavallari, responsável por diversos levantamentos sobre intenções de votos para as eleições deste ano, afirma que pedidos de investigação sempre acontecem e que “não tem o que esconder”. Em entrevista ao Boletim Metrópoles, nesta terça-feira (4/10), Cavallari disse que as pesquisas são confiáveis e conduzidas de acordo com a legislação eleitoral.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, encaminhou um pedido à Polícia Federal para abertura de investigação sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais no Brasil.
Ao Metrópoles, Cavallari declarou que os pedidos de investigação são recorrentes em eleições anteriores.“O processo é totalmente transparente, não há nada o que temer em relação a isso”, disse.
A CEO do Ipec afirmou que o instituto segue todas as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aplicação das pesquisas eleitorais, como apresentação do contratante do levantamento e do questionário aplicado.
O último levantamento divulgado pelo Ipec mostrava o ex-presidente Lula (PT) com uma possível vitória no primeiro turno das eleições com 51% dos votos válidos (poderia variar entre 49% e 53%). Já Bolsonaro aparecia com 37% (poderia variar entre 35% e 39%).
Com 100% das urnas apuradas, o resultado mostrou o ex-presidente com 48,43% dos votos contra 43,20% do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL).
Mudanças
Com uma diferença nos votos computados no último domingo (2/10), a CEO do Ipec anunciou que o instituto de pesquisa está em uma constante evolução e que “estamos estudando e vendo o que pode ser melhorado”.
Cavallari declarou também que o Ipec não irá realizar pesquisas de intenções de voto pela internet, uma vez que a aplicação não “deixa uma parte do eleitorado de fora, ou seja, aquelas pessoas que não tem acesso a internet”.
Confira a entrevista completa: