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“Não podemos ter eleições sob o manto da suspeição”, diz Bolsonaro

Em cerimônia do Dia do Exército, presidente da República saudou participação dos militares no processo eleitoral

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residente Jair Bolsonaro acompanha cerimonia de Comemoraçāo do Dia do Exercito Brasileiro
1 de 1 residente Jair Bolsonaro acompanha cerimonia de Comemoraçāo do Dia do Exercito Brasileiro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (19/4), que não pode pairar sobre as eleições “o manto da suspeição”. A declaração, dada em solenidade alusiva ao Dia do Exército, realizada em Brasília (DF), foi proferida enquanto o mandatário falava sobre o pleito de outubro.

O mandatário se dirigiu aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também estava presente.

“Todos sabem, prezado deputado Arthur Lira, prezado senador Rodrigo Pacheco, que a alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral – sistema esse que deve ser cada vez mais zelado por todos nós. E quem dá o norte para nós são as urnas, que ali fazem surgir não só o presidente da República, bem como a composição do nosso Parlamento brasileiro”, iniciou o titular do Palácio do Planalto.

“Não podemos jamais ter eleições no Brasil sobre a qual paire o manto da suspeição. E esse compromisso é de todos nós, presidentes dos Poderes, comandantes de Forças, aqui, obviamente, direcionado ao trabalho do senhor ministro da Defesa. Todos nós somos importantes, todos nós somos agentes desse processo. E eu tenho certeza que as eleições do corrente ano seguirão o seu ritmo normal”, prosseguiu.

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Bolsonaro beija a filha Laura, aluna do Colégio Militar de Brasília (CMB), em cerimônia no Quartel-General do Exército.
Bolsonaro e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.
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Bolsonaro conversa com o vice, general Hamilton Mourão.

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Bolsonaro beija a filha Laura, aluna do Colégio Militar de Brasília (CMB), em cerimônia no Quartel-General do Exército.

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Bolsonaro e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.

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Bolsonaro ainda saudou o ministro Luís Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem frequentemente critica, por ter convidado as Forças Armadas a participar do pleito. Representantes têm acompanhado o processo pré-eleitoral, como a abertura dos códigos-fontes das urnas eletrônicas.

“Eu quero cumprimentar aqui o ministro Luís Barroso, que, enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral, convidou as Forças Armadas. Repito: convidou as Forças Armadas a participar de todo o processo eleitoral. O que o povo quer é paz, tranquilidade, é trabalho, é poder viver em harmonia e trabalhar para que o seu país, de verdade, seja uma grande nação.”

“O papel das Forças Armadas todos conhecem. Não só nos momentos difíceis no tocante à esfera política, bem como em outros momentos também, elas sempre estiveram presentes”, continuou o presidente. Na sequência, ele disse ter orgulho de ter integrado quadros militares durante 15 anos.

Por fim, o chefe do Executivo federal disse que o povo brasileiro tudo fará para garantir a liberdade e para que todos joguem “dentro das quatro linhas da Constituição”.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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