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Moro estreia em propaganda de Bolsonaro; Lula critica liberação de armas

Segurança pública, armamento, corrupção e o caso das venezuelanas foram alguns dos temas tratados nesta sexta no horário eleitoral gratuito

atualizado

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Arte/Metrópoles
Lula, Moro e Bolsonaro
1 de 1 Lula, Moro e Bolsonaro - Foto: Arte/Metrópoles

A nove dias do segundo turno, as campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgaram novas peças publicitárias para a TV nesta sexta-feira (21/10). O candidato à reeleição atacou o petista sobre a corrupção e o associou a ditaduras latino-americanas. Lula criticou a liberação de armas e a gestão da segurança pública. 

Jair Bolsonaro

A inserção acusa os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff de enviar dinheiro brasileiro a ditaturas de aliados políticos no exterior e que estes teriam dado “calote” no país.  O vídeo cita o caso do metrô da Venezuela e faz um contraponto ao inacabado metrô de Minas Gerais e à transnordestina. “Lula preferiu apoiar ditaduras do que apoiar o Brasil”, diz o vídeo. 

Antigo desafeto de Bolsonaro e inimigo de Lula, o ex-ministro da Justiça e recém-eleito senador pelo Paraná, Sergio Moro (União), aparece afirmando que os governos petistas foram “manchados por escândalos de corrupção”.

“Eu quero poder chegar na minha casa e poder olhar nos olhos do meu filho e dizer que roubar é errado”, declara o senador eleito.

A campanha de Bolsonaro ainda aposta na segurança pública, afirmando que ele é o único candidato que “combate o crime” e é a favor da diminuição da maioridade penal em caso de crimes hediondos (de 18 para 16 anos) e do fim da saidinha de presos. “Nós somos patriotas”, diz Bolsonaro. “Nosso compromisso é com você trabalhador e trabalhadora brasileira”, completa

Lula

Já a campanha de Lula apostou na segurança pública, com críticas à política de liberação da posse de armas de Bolsonaro. “Enquanto o brasileiro sofre com o desemprego, fome, inflação e o salário desvalorizado, o que passa na cabeça do atual presidente?”, diz o vídeo e em seguida, uma imagem de arma de fogo. 

Com um apelo emocional às mortes por arma de fogo, o PT mostra histórias de quem perdeu familiares para este tipo de violência. 

Em um aceno ao público conservador cristão, na inserção uma apoiadora aparece com bíblia questionando: “Se você confia em Deus, não precisa de armas”. 

Ainda no âmbito das armas de fogo, Lula diz: “Você vai para trabalhar, seu filho encontra uma arma e num instante, sua família está destruida”. Como solução para desestimular o armamento da população, o petista afirma que criará, se eleito, o Ministério da Segurança Pública que contará com um plano nacional de segurança “para ter uma polícia bem armada e bem treinada”. 

A peça termina com vários “flashs” de violência urbana e contra a mulher afirmando que se Bolsonaro for reeleito, a situação “só vai piorar”. 

Ao final, a propaganda do PT ainda associa Bolsonaro e seus aliados à pedofilia, afirmando que parlamentares ligados ao atual presidente barraram a urgência de um projeto que tornaria pedofilia crime hediondo. O vídeo ainda pede ao eleitor que pesquise na internet “Bolsonaro 14 anos”. 

O ataque da campanha petista é uma referência ao caso das venezuelanas de 14 e 15 anos da comunidade de São Sebastião (DF). Durante uma entrevista, Bolsonaro disse que teria “pintado um clima” entre ele e as meninas e, por isso, teria pedido para entrar na casa dela, dando a entender que estavam se arrumando “para ganhar a vida”, indicando possível exploração sexual de menores.

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