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Moraes diz que fake news vêm “demandando medidas mais duras”

A reunião com o grupo Meta, Twitter, TikTok, Kwai, LinkedIn, Google e YouTube durou cerca de 1h20. Representante do Telegram não compareceu

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Reunião do TSE com representantes de plataformas digitais. Na mesa em forma retangular, o ministro e presidente do tribunal Alexandre de Moraes aparece no canto direito - Metrópoles
1 de 1 Reunião do TSE com representantes de plataformas digitais. Na mesa em forma retangular, o ministro e presidente do tribunal Alexandre de Moraes aparece no canto direito - Metrópoles - Foto: LR Moreira/Secom/TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reuniu-se, nesta quarta-feira (19/10), com integrantes do grupo Meta, Twitter, TikTok, Kwai, LinkedIn, Google e YouTube. Durante 1h20, eles discutiram medidas capazes de aprimorar o combate às fake news despejadas por meio das plataformas digitais, a 11 dias do 2º turno. De acordo com o ministro, o primeiro turno correu dentro do “razoável”, mas o segundo turno está “piorando” nesse aspecto.

Moraes abriu a reunião agradecendo o apoio das plataformas no combate à desinformação pelas redes. O assessor chefe de Enfrentamento à Desinformação do TSE expôs os problemas existentes e a necessidade de atuação e manutenção conjunta das plataformas, parceiras do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal.

“Nós avançamos muito no primeiro turno. Tivemos, graças ao apoio das plataformas e redes sociais, um primeiro turno bem dentro do razoável, talvez até melhor do que todos nós esperávamos. Mas estamos tendo um segundo turno piorando cada vez mais nesse aspecto. E, isso, da parte do TSE, vem demandando medidas mais duras”, afirmou o presidente da Corte Eleitoral.

As discussões se mantiveram em torno da melhor maneira para evitar a disseminação e o alcance de mentiras jogadas na rede. Remoção de conteúdo, divulgação de notícias certas para rebater erradas, conscientização, monitoramento, identificação e desmobilização de perfis que contribuem para o disparo em massa de informações falsas ou discurso de ódio são algumas das estratégias adotadas em primeiro turno e que manterão ênfase na véspera e após o segundo turno das eleições gerais de 2022.

Durante a reunião, foram debatidas, pelo TSE e as plataformas, iniciativas para aumentar a rapidez de retirada e combate à reprodução de conteúdos falsos idênticos, cuja temática já tenha sido objeto de decisões judiciais da Corte para a exclusão nas plataformas.

Além de Moraes, outros integrantes do TSE participaram da reunião: os ministros Sérgio Banhos, Carlos Horbach, Isabel Gallotti e Maria Claudia Bucchianeri; o secretário-geral do TSE, José Levi Mello; e o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco.

Em 30 de outubro, os eleitores vão às urnas escolher o representante para o cargo de presidente da República, além de 12 governadores que não foram eleitos em primeiro turno.

Esse é o primeiro encontro de Moraes com as plataformas desde que tomou posse, em agosto. A reunião ocorreu no gabinete da presidência, na sede do TSE, em Brasília. O representante do Telegram que iria à reunião não compareceu. A justificativa foi que o voo atrasou.

Discurso de ódio

A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira (17/10) ter removido de suas redes mais de 600 mil conteúdos que violam as políticas das plataformas entre os dias 16 de agosto e 2 de outubro.

Segundo o relatório, foram excluídos mais de 310 mil posts com violência e incitação e outros 290 mil por discurso de ódio. Entre eles, publicações com ataques à população nordestina antes do fim da apuração dos votos no primeiro turno.

A plataforma também removeu posts que continham datas e horários incorretos sobre as eleições e números errados de candidatos.

“Em outra frente de combate à desinformação, ampliamos, este ano, de quatro para seis o número de parceiros independentes de nosso programa de verificação de fatos no Brasil”, acrescenta a nota da Meta.

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