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Michelle Bolsonaro chora pela filha e ataca PT: “Partido das trevas”

Primeira-dama faz maratona de eventos de campanha em São Paulo para reduzir a rejeição das mulheres a Bolsonaro e intensificar guerra santa

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1 de 1 michelle bolsonaro evento são paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Na reta final da campanha presidencial, a primeira-dama Michelle Bolsonaro desembarcou nesta quarta-feira (19/10) em São Paulo para uma maratona de eventos com foco em reduzir a rejeição das mulheres ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela pretende mobilizar ainda mais o eleitorado evangélico para a “guerra santa” travada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

Ao lado de várias lideranças religiosas, a maioria evangélica, e políticos bolsonaristas, incluindo o candidato a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle chorou por causa de um episódio envolvendo a filha Laura e fez uma série de ataques a Lula e ao PT, chamado por ela de “partido das trevas”.

“Estamos aqui para lutar para que esse câncer do partido das trevas se dissipe, saia da nossa nação”, afirmou a primeira-dama.

Michelle chorou no palco ao lembrar de um comentário envolvendo a filha Laura, de 12 anos, que viralizou no Twitter no último domingo (16/10), quando a jornalista Bárbara Gância escreveu que “pra bolsonarista imbrochável feito o nosso presidente (sic), quando a filha do Bolsonaro se arruma, ela parece uma puta”, em referência à polêmica declaração de Bolsonaro de que “pintou um clima” com as garotas venezuelanas que ele encontrou em Goiás.

Em pouco mais de 10 minutos de discurso, a primeira-dama pediu ajuda para que os presentes convencessem parentes e amigos a votarem no marido, disse que continuará a “caravana de mulheres com Bolsonaro” nas regiões Sudeste e Sul do país até o dia da eleição, em 30 de outubro, e fez uma série de ataques à esquerda, com falas de cunho religioso, e sobre corrupção.

Michelle disse que o governo do PT “atrasou as obras para escravizar o povo” e ironizou um dos motes da campanha de Lula. “Um homem que não conseguiu levar água para o nordeste agora promete picanha para o povo.” Ela disse que eleição é a luta do “bem contra o mal” e recorreu à Bíblia para criticar os adversários. “A própria Bíblia diz que os sábios se inclinam para a direita e os tolos, para a esquerda.”

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Primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado da deputada federal Carla Zambelli (PL)
Senador eleito por São Paulo, Marcos Pontes (PL)
Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Silvia Waiãpi (PL), deputada federal eleita no Amapá
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Bia Kicis, presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle

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Damares Alves (Republicanos-DF) deve ser indicada à CPI Mista

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Celina Leão (PP), vice-governadora eleita do Distrito Federal

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Caravana

O primeiro evento de Michelle na capital paulista foi transformado em uma espécie de culto, com orações e discursos exaltados de pastores, bispos e políticos aliados que trataram o casal Bolsonaro e Michelle como “provisão divina” e disseram que o ex-presidente Lula defende o aborto e a liberação das drogas. O petista tem rechaçado as duas afirmações.

“A nossa opção é vida ou morte”, disse a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), que disse ter ficado “muito triste” ao ver a “comunidade cristã flertar com a esquerda”. “A opção é Bolsonaro ou crime organizado. Essa é a opção que está diante de nós. Nunca foi tão fácil escolher”, completou.

Damares ainda associou a “esquerda” ao tiro disparado contra o muro de uma igreja evangélica onde ela e Michelle participariam de um culto em Fortaleza, na sexta-feira (14/10), e ao tiroteio durante uma agenda de Tarcísio de Freitas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, na última segunda (17/10). “Querem matar Michelle? Até onde vai o ódio dessa esquerda sanguinária?”, disse a ex-ministra e senadora eleita.

Nos discursos, os bolsonaristas reproduziram outras críticas feitas pela campanha ao PT, como corrupção e censura, mas o tema do aborto dominou o evento, batizado de Aliança pela Vida. “Quem está do outro lado quer legalizar o assassinato de crianças, que é o aborto”, disse o senador cearense Eduardo Girão (Podemos).

Além do evento desta manhã, Michelle participará, na parte da tarde, do encontro intitulado Mulheres com Bolsonaro, com o objetivo de “promover o maior exército em defesa do atual presidente e candidato à reeleição”. Além da primeira-dama, a frente feminina bolsonarista conta com a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), a vice-governadora eleita no DF, Celina Leão (PP), e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). À noite, um novo evento com apoiadores de direita na capital paulista reunirá Michelle, Damares, Tarcísio de Freitas e o ex-ministro e senador eleito por São Paulo Marcos Pontes (PL).

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