Minas Gerais e Brasília — Na primeira agenda em Belo Horizonte, Minas Gerais, na campanha pelo segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição ao Palácio do Planalto, e seu candidato a vice, general Walter Souza Braga Netto (PL), pediram “esforço” de empresários da indústria pelo voto dos “mais humildes”.
Os dois participaram de evento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), para reforçar alianças com empresários e políticos do estado. Participaram da programação os governadores Romeu Zema (Novo-MG), Cláudio Castro (PL-RJ), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Antônio Denarium (PP-RR) — todos já declararam apoio à reeleição de Bolsonaro.
Em sua fala, o mandatário do país criticou o Partido dos Trabalhadores e as propostas “mirabolantes” da esquerda. “E peço mais, para que nós possamos continuar fazendo o que fizemos até o momento, um esforço muito especial de cada um. Conversem com os mais humildes, com os mais necessitados. Porque eles, uma parte, continuam acreditando nas promessas mirabolantes de picanha e auxílios estratosféricos”, disse o chefe do Executivo nacional.
No mesmo tom, o candidato a vice na chapa do presidente, Braga Netto, clamou pela ajuda dos empresários da indústria. “Eu queria fazer um pedido só a vocês, por favor. É que nos ajudassem, se realmente querem nos ajudar, e veem que o governo está dando certo e tem que prosseguir, que nos ajudassem a falar para aqueles fora da bolha”, assinalou o general.
“Não adianta nós ficarmos pregando para convertidos. Nós precisamos da ajuda de vocês para falarem com os mais simples, porque ficam levando para os mais simples uma mensagem falsa de ‘vou dar picanha, vou aumentar salário por decreto, vou fazer isso’. E vocês sabem que isso é impossível. Não funciona assim”, declarou.
Em ambos os discursos, Bolsonaro e Braga Netto se manifestaram contra o que chamam de “ideologia de gênero” e afirmaram que a família é a “célula da sociedade”.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
Em declaração recente, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ainda retornará mais duas vezes a Minas Gerais antes das eleições do segundo turno, que ocorrerão no dia 30 de outubro.
➡️ Ao lado de governadores reeleitos, Bolsonaro é chamado de “mito” em evento da Federação das Indústrias de MG
A acirrada disputa pela Presidência tem feito com que o atual mandatário da República e o seu principal rival, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não economizem esforços para conquistar votos nos principais colégios eleitorais do país. Segundo maior, Minas Gerais é conhecida como um retrato do Brasil, tanto que é comum ouvir dizer que “quem ganha em Minas, ganha a eleição presidencial”.
No primeiro turno, foram 12.655.228 eleitores mineiros, atrás somente de São Paulo, que totalizou 27.189.714 votos. Com 5,8 milhões de votos em Minas (48,29%), Lula ganhou do atual presidente, que, no primeiro turno, recebeu 5,2 milhões (43,6%).
“Quem é mineiro tem a obrigação de saber a tragédia que o governo do PT causa. Quem paga a conta são os mais humildes”, disse o governador Romeu Zema. “Mineiro, por tradição, ele é família. E a nossa preocupação é exatamente esta, de a família ser preservada”, pregou Braga Netto.
A próxima visita de Bolsonaro ao estado está prevista para o dia 12 de outubro – desta vez, para evento religioso junto à liderança da Igreja Mundial do Poder de Deus.
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