Márcio França comemora ida de Alckmin ao PSB: “Ninguém acreditava”
O ex-governador disse que a chegada do ex-tucano à legenda reforça a intenção de se candidatar ao governo de São Paulo
atualizado
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O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), um dos principais entusiastas da ida de Geraldo Alckmin para o PSB e da candidatura a vice do ex-tucano na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, comemorou nesta sexta-feira (18/3) o fim da espera por Alckmin no partido. Ele disse que essa chegada reforça a posição dele de se candidatar ao governo do estado.
O PSB, que tentou uma federação com o PT, mas deverá sair coligado, disputa a cabeça de chapa com o partido de Lula. O ex-presidente não abre mão da candidatura do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ao governo.
“Sou candidato ao governo de São Paulo e vou ganhar as eleições. Antes, eu dizia que Alckmin ia sair do PSDB. Ninguém acreditava. Eu dizia que ele ia se filiar ao PSB. Ninguém acreditava. Disse que ele ia ser vice do Lula. Ninguém acreditava. Agora estou dizendo que serei candidato e vou ganhar as eleições”, afirmou França ao Metrópoles.
O socialista ainda postou nas redes um vídeo do cantor Tim Maia cantando “Eu bem que te avisei”, tão logo Alckmin divulgou a decisão.
Eu bem que te avisei https://t.co/4s3iACIQ1r #fogueteNaoTemReh
— Márcio França 40 (@marciofrancasp) March 18, 2022
Alckmin anunciou na manhã desta sexta filiação ao PSB. “Depois de conversar muito e ouvir muito, eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu Alckmin em perfil no Twitter.
Eu bem que te avisei https://t.co/4s3iACIQ1r #fogueteNaoTemReh
— Márcio França 40 (@marciofrancasp) March 18, 2022
O PSB vai integrar a aliança de Lula e, após oficializar o ingresso no partido, Alckmin deve ser anunciado como o vice do petista.
Novos socialistas
França disse que assinará o termo de filiação de Alckmim ao partido junto com o presidente da legenda, Carlos Siqueira. Além disso, ele acredita que com a filiação de Alckmin, marcada para a próxima quarta-feira (23/3), na sede da Fundação João Manganeira, em Brasília, o partido receba cerca de 40 novos membros, sendo que dois deles são nomes competitivos para disputar governos de estados.
Entre as filiações, estão o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), apadrinhado do governador Flávio Dino e pré-candidato ao governo do estado. Outro nome já confirmado é o do senador Dario Berger (MDB-SC), pré-candidato ao governo de Santa Catarina.
Berger inclusive já participou do congresso do partido no último sábado, em Florianópolis, e colocou o nome na disputa.
Além deles, o deputado federal Floriano Pesaro e o ex-deputado Pedro Tobias também se filiarão ao PSB.
Conversa com Lula
Há cerca de 20 dias, em conversa com Lula, França sugeriu ao ex-presidente que a escolha do candidato ao governo de São Paulo de uma aliança entre PSB e PT seja definida nos próximos meses, a depender de quem estiver à frente nas pesquisas de intenção de voto.
Para França, essa é a fórmula para resolver o impasse entre a candidatura dele ou de Haddad. Tanto o pessebista quanto o petista não abrem mão de concorrer ao comando do Palácio dos Bandeirantes. No encontro, Lula convidou o aliado a sair candidato ao Senado na chapa de Haddad ao governo de São Paulo.
Desempenho
Recente pesquisa divulgada nesta semana pela Quaest/Genial mostra Haddad à frente nas intenções de voto para governador de São Paulo, com 24%, seguido por França (PSB), com 18%. Depois, aparecem o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (sem partido), com 9%, e Guilherme Boulos (PSOL), com 7%.
A deputada federal e presidente do Podemos, Renata Abreu, e o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) empatam com 3%, o deputado federal Vinicius Poit (Novo) tem 2%, o prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth (PSD) e o ex-ministro Abraham Weintraub (PMB) estão com 1%.