“Estamos passando numa área que tem muita obra do PAC da época em que eu era presidente. E não tem nenhuma casa verde e amarela. A única casa que ele comprou foi aquela com dinheiro vivo. Aqui não tem rachadinha, tem o povo brasileiro”, disse Lula. Enquanto o comboio prosseguia, o petista disse que ainda hoje iria para a Bahia.
Antes do ato na principal rua do complexo, Lula foi recebido na Casa da Voz por René Silva, comunicador comunitário e ativista. Lá, ele se reuniu com lideranças de comunidades do Rio e aliados políticos. Em cima do carro de som, o candidato chegou a balançar uma bandeira do Império Serrano, enquanto a bateria de escola de samba tocava.
“Esse cidadão não tem noção do que é o povo nordestino. E não tem noção do que é o povo carioca porque a vida dele sempre foi ligada aos milicianos que mataram Marielle [Franco]”, afirmou. Ronnie Lessa, preso acusado de matar a vereadora, era vizinho de Bolsonaro em um condomínio na Barra da Tijuca.
3 imagens
1 de 3
Lula em comício no Complexo do Alemão
Cadu Bruno / Metrópoles
2 de 3
Faixa em homenagem a Marielle Franco durante ato de Lula no Complexo do Alemão
Cadu Bruno / Metrópoles
3 de 3
Lula em agenda no Rio de Janeiro
Cadu Bruno/Metrópoles
Lula também disse que a polícia não resolve todos os problemas da comunidade, e que esse trabalho cabe ao governo. “Não vai ser a polícia que vai resolver os problemas na comunidade. É o estado, trazendo educação, saúde, lazer e cultura”, afirmou.
Bandeiras do SUS, do PT e do PDT, entre outras, eram vistas. Entre os políticos presentes estavam Carlos Lupi, presidente PDT; Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio; André Ceciliano (PT), presidente Alerj; e Rodrigo Neves (PDT), ex-prefeito de Niterói.
O encontro aconteceu um dia após ato em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, região onde Jair Bolsonaro venceu nos 13 municípios no primeiro turno.
Além da Baixada, o candidato petista tenta reverter a desvantagem também na capital, onde foi derrotado pelo presidente.
Por conta disso, o Complexo do Alemão foi escolhido como palco para a visita desta quarta. O conjunto de favelas recebeu investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante o governo do petista.
12 imagens
1 de 12
Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
2 de 12
De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 12
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
4 de 12
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
5 de 12
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
6 de 12
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
7 de 12
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
8 de 12
Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
9 de 12
Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
10 de 12
Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
11 de 12
Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
12 de 12
Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto