Lula: “Quem tem sangue nordestino não pode votar nesse negacionista”
Candidato do PT à Presidência fez caminhada e comício em São Bernardo do Campo (SP), cidade em que trilhou sua história como metalúrgico
atualizado
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São Paulo – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma caminhada e um comício, na manhã desta quinta-feira (6/10), em São Bernardo do Campo. Foi nessa cidade, na grande São Paulo, que o petista trilhou sua trajetória como metalúrgico e sindicalista.
No evento de campanha, o candidato à Presidência da República abordou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o voto dos eleitores nordestinos.
“Ontem o meu adversário disse que eu só ganhei as eleições dele porque o povo nordestino é analfabeto. As pessoas que são analfabetas, não são analfabetas por sua responsabilidade. As pessoas ficaram analfabetas porque esse país nunca teve um governo que se preocupasse com a educação”, disse Lula.
O ex-presidente pediu para que os apoiadores reunidos na Praça da Matriz mandassem um recado para os “parentes do Nordeste”.
“Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista monstro que governa esse país”, disse.
Lula continuou: “Ele tem que aprender uma lição: ele que vá pegar os votos dos milicianos, daqueles que mataram Marielle, daqueles que são responsáveis pela morte de milhares de pessoas pela pandemia. Eles que vá pegar voto da quadrilha chefiada pelo Queiroz que ele guardou até agora. Ele que vá pedir voto daqueles que estão organizando a rachadinha dos seus filhos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Porque nós paulistas de honra, nordestinos de honra, mulheres e homens trabalhadores, já tomamos uma decisão”.
O petista afirmou que as cidades de São Bernardo do Campo e Santo André não tinham universidade federal até a sua gestão no Planalto. “Foi um metalúrgico, quase analfabeto, que trouxe a universidade para cá. Levamos faculdade para Diadema, para Santos, para Sorocaba”.
Lula voltou a se referir a Bolsonaro: “Ele tem que saber que nós nordestinos ajudamos a construir cada metro de asfalto desse país, cada ponte. Ele tem que saber que nós não queremos mais passar fome, queremos comer, nós não queremos ser apenas pedreiros, queremos ser engenheiros, nós não queremos ser apenas empregadas domésticas, nós queremos ser médicas, nós queremos ser sociólogas, nós queremos ser professoras”.