Lula sugere criar moeda única para a América Latina, a exemplo do euro
“Não tem esse negócio de ficar dependendo do dólar”, destacou o petista, durante encontro em que recebeu o apoio formal do PSol
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (30/4), que, se chegar novamente à Presidência da República, pretende propor a criação de uma moeda comum para a América Latina, além de procurar restabelecer, com prioridade, as relações com os países do continente e também com nações africanas.
“Vamos voltar a restabelecer nossa relação com a América Latina. E se Deus quiser, vamos criar uma moeda na América Latina, porque não tem esse negócio de ficar dependendo do dólar”, destacou Lula, durante encontro com lideranças do PSol, em São Paulo, quando o partido, que foi oposição ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), anunciou apoio formal ao líder petista.
Veja o momento:
Lula defende criação de moeda para a América Latina. “Não tem esse negócio de depender do dólar”.
Em evento de formalização do apoio do Psol neste sábado (30), ex-presidente disse que tentará recuperar os Brics. “Só mande o Putin parar com essa guerra”, afirmou.
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— Metrópoles (@Metropoles) May 1, 2022
A criação de uma moeda na América Latina comum é um dos pontos do programa econômico da campanha petista, que está sendo desenhado pela Fundação Perseu Abramo e que agora contará com a participação de representantes dos demais partidos que vão compor a aliança em torno da candidatura Lula.
Um dos formuladores do texto é Gabriel Galípolo, ex-banqueiro e conselheiro do petista. Em recente artigo, Galípolo sustenta a criação de uma moeda sul-americana, como é o euro na Europa.
Para ele, essa criação pode impulsionar o processo de integração regional e fortalecer a soberania monetária dos países da América do Sul.
Brics e Putin
O ex-presidente sinalizou que a intenção de um eventual governo seu é a retomada, com prioridade, da política de cooperação entre os países do chamado Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
No entanto, o petista ressalvou que a relação com a Rússia dependerá de uma posição do presidente Vladimir Putin de “parar com a guerra” da Ucrânia.
“Vamos tentar recuperar os Brics. Só basta que mande o Putin parar com essa guerra”, ressaltou Lula.
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