Lula nega ter vergonha de Dilma: “Companheira antes, durante e depois”
O ex-presidente elogiou o primeiro mandato da petista e culpou Eduardo Cunha pela “quebradeira” depois de 2014
atualizado
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Em entrevista a Rádio Jornal, de Pernambuco, nesta sexta-feira (29/4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que sua campanha esteja “escondendo” a ex-presidente Dilma Rousseff para evitar desgastes. Lula fez elogios à gestão de Dilma e disse que a ex-presidente, ate 2014, tinha taxa de emprego semelhante a países europeus como Suécia, Noruega e Alemanha.
“Eu tenho orgulho da Dilma. Se você conhece algum político que tem vergonha dos seus companheiros, eu não tenho”, disse o ex-presidente.
“Na campanha, ela vai fazer o que quiser. Será cabo eleitoral da minha campanha. Virá a Pernambuco. Dilma, assim como eu, não tem medo de pergunta”, afirmou. “Dilma será minha companheira antes, durante e depois das eleições”, rebateu Lula.
“Eu tenho que dizer que até 2014, quando terminou o primeiro mandato dela, o desemprego nesse país era só de 4.5%. Você sabe o que que é isso? Isso significa padrão Suécia, padrão Noruega. padrão Dinamarca, padrão Alemanha. Era pleno emprego no país. Se lembra que até 2014 o salário mínimo subiu acima da inflação todo ano? Você se lembra o programa Minha Casa Minha Vida que foi o programa que mais fez casa nesse país?”, questionou Lula.
No ano passado, o PT não convidou Dilma para o jantar em São Paulo, o primeiro encontro público entre Lula e seu candidato a vice, Geraldo Alckmin. Além disso, Dilma não participou do encontro de Lula com as mulheres, uma atividade da pré-campanha, organizada pelo PT, e realizada quando a ex-presidente estava no Chile, para a posse de Gabriel Boric.
Um ala do partido avalia que é melhor Dilma não aparecer na propaganda de Lula. Já outra parte se ressente da ausência da ex-presidente.
“Culpa da quebradeira”
Lula avaliou de forma positiva o primeiro mandato da petista e atribuiu ao o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que foi cassado posteriormente, a culpa pelo fato de a economia e os índices de emprego terem desandado após 2014.
“Quando é que as coisas começaram dar errado? Quando o Eduardo Cunha assumiu a Presidência da Câmara e que resolveu tirar bomba todo dia”, disse o petista.
Emprego
Lula reafirmou que pretende adotar uma política de recuperação do emprego, caso seja eleito, e apontou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será usado para investimentos em pequenas e médias empresas.
“Vamos incentivar o empreendedorismo nesse país. O povo vai a um banco público para começar o seu negócio. Não podemos ser capitalistas sem capital, sem crédito. Quem quiser progredir, vai progredir”, prometeu.