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Lula: “Não queremos transformar o Amazonas em santuário da humanidade”

Para o candidato, é possível conciliar a preservação ambiental e o desenvolvimento urbano e industrial e na região

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Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em entrevista nesta terça-feira (30/8), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência da República, afirmou que não quer transformar o estado do Amazonas em um “santuário da humanidade”. Para o candidato, é possível conciliar a preservação ambiental e o desenvolvimento urbano e industrial e na região. As declarações foram dadas em entrevista à rádio Mais Brasil FM.

“Não queremos transformar o estado do Amazonas em um santuário da humanidade. Moram milhões de pessoas no estado do Amazonas e nós vamos dar a essa gente o direito de civilidade, o direito de viver bem, de ir e vir”, afirmou.

O político pontuou sobre a necessidade de construir estradas que liguem o estado ao restante do Brasil, garantindo maiores condições de mobilidade para os moradores da região.

“É plenamente possível você trabalhar corretamente a questão climática e ambiental e dar a segurança necessária para fazer uma ou duas estradas que possam interligar o estado do Amazonas com o resto do país”, disse.

Para o candidato, é necessário realizar estudos para mensurar os impactos ambientais e a melhor forma de construir mais estradas na região. “O que não podemos é achar que existe tema proibido”, afirmou Lula.

O petista também afirmou que, se eleito, atuará na implantação do modelo de “economia verde” no estado, levando “empresas novas, modernas, que não poluem”.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

Segurança

O ex-presidente pontuou que, se eleito, uma das prioridades da sua gestão será a segurança pública no Brasil, especialmente na região de fronteiras.

O candidato tem visita ao Amazonas programada para esta semana, e pretende dialogar com governadores de 16 estados sobre estratégias para melhorar a segurança no Brasil.

“Vou passar o dia discutindo com 16 governadores a questão da segurança pública no Brasil. É preciso que a gente encontre uma solução para a violência. Queremos pegar a experiência bem sucedida de cada estado e tentar criar um plano nacional de segurança que seja efetivo, inclusive nas fronteiras”, disse.

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