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Lula mantém distância de Bolsonaro nos maiores colégios eleitorais, segundo Ipec

Levantamentos das duas últimas semanas em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro indicam estabilidade no cenário

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1 de 1 6-Lula e Bolsonaro copiar_Yanka Romão _ Metrópoles - Foto: Arte/Yanka Romão

A cinco dias da eleição, pesquisas do instituto Ipec (antigo Ibope) nos três maiores colégios eleitorais apontam o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com uma distância estável à frente do principal adversário, Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição.

O Metrópoles analisou os dois últimos levantamentos, de 20 e 27 de setembro, em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os resultados indicam que o petista oscilou para cima dentro da margem nos três estados, enquanto o presidente manteve o mesmo percentual. A reportagem buscou as primeiras sondagens após o início da campanha, de 30 de agosto.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o atual titular do Planalto abriu a campanha com 36% de intenções de voto em um empate técnico dentro da margem de erro — de três pontos percentuais — em relação ao ex-presidente, que pontuou 39%. Na sondagem da última semana, Lula oscilou para 41% e, agora para 42%, enquanto Bolsonaro manteve os 36%. Com isso, a vantagem do petista passou de três para seis pontos percentuais.

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Em São Paulo, estado com maior número de eleitores, a distância no final de agosto era de nove pontos. Na ocasião, Lula pontuou 40% contra 31% do presidente. Já no dia 20, o petista ampliou a distância para 10 pontos, com 43% ante 33%. Nesta terça-feira, o ex-presidente oscilou positivamente e chegou a 44%, enquanto Bolsonaro manteve o percentual.

Dentre os maiores colégios, Minas Gerais é o que o petista aparece mais confortável. Já na primeira sondagem, em que registrou 45%, ele abriu 15 pontos do principal adversário, que teve 30%. No levantamento seguinte, a disputa marcava 46% para Lula e 31% de Bolsonaro. Agora, a vantagem chega a 18 pontos.

Veja a comparação:

30 de agosto

SP: Lula 40% x 31% Bolsonaro (9 pontos)
MG: Lula 45% x 30% Bolsonaro (15 pontos)
RJ: Lula 39% x 36% Bolsonaro (3 pontos)

20 de setembro

SP: Lula 43% x 33% Bolsonaro (10 pontos)
MG: Lula 46% x 31% Bolsonaro (15 pontos)
RJ: Lula 41% x 36% Bolsonaro (5 pontos)

27 de setembro

SP: Lula 44% x 33% Bolsonaro (11 pontos)
MG: Lula 49% x 31% Bolsonaro (18 pontos)
RJ: Lula 42% x 36% Bolsonaro (6 pontos)

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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