Lula leva caso Roberto Jefferson para a TV; Bolsonaro foca na economia
Programa eleitoral de Lula (PT) nesta tarde de quinta criticou política armamentista e peça de Bolsonaro (PL) reforçou promessas econômicas
atualizado
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A três dias de os brasileiros irem às urnas no segundo turno da disputa presidencial, os programas de TV de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) focaram em propostas econômicas e em ataques ao oponente, no início da tarde desta quinta-feira (27/10).
O programa do candidato à reeleição foi praticamente uma repetição da peça levada ao ar na quarta (26/10), com críticas ao PT e foco na promessa de aumento do salário mínimo. Já o do desafiante, Lula, bateu na política pró-armas do adversário e deu como exemplo do risco o caso do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que resistiu à prisão atirando com um fuzil contra policiais federais no último domingo (23/10).
“A mesma arma que Bolsonaro diz que serve para defender as famílias serve pra aumentar o assassinato de mulheres e crianças”, diz a narradora da propaganda. “A mesma arma que Bolsonaro diz que é para proteger o patrimônio é a que fez o aliado dele, Roberto Jefferson, tentar matar policiais federais”, continua a peça, que mostra imagens de Jefferson abraçado a Bolsonaro e depois a viatura da PF crivada de disparos. A peça petista pede votos em Lula para dar “basta nas armas e na violência”.
Durante a propaganda de Lula, o petista responde a perguntas de uma plateia sobre políticas para o salário mínimo, para a evitar a violência contra a mulher e para ajudar a juventude. Na peça, Lula se emociona e chora ao falar de famílias vivendo embaixo de viadutos. “Se você não se indignar com isso, vai se indignar com o que?”, questiona ele.
Já a propaganda da campanha de Bolsonaro, focada na economia, citou a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia como os principais fatores que impediram os reajustes acima de inflação dos salários, alegou que agora a casa está arrumada e prometeu aumentos tanto no mínimo quanto no de servidores públicos.
Ecoando outra promessa de Lula (herdada, aliás, de Ciro Gomes), a campanha de Bolsonaro prometeu um programa para ajudar a renegociar as dívidas dos brasileiros. Bolsonaro prometeu que a Caixa Econômica Federal poderá inclusive pegar dívidas de cidadãos com outras instituições e cobrar juros menores.
Foco da campanha de Bolsonaro nesta semana e tema de pronunciamento do presidente na noite de quarta, a denúncia de que rádios estariam boicotando as inserções do PL não foi tratada no tempo de TV.