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Lula e Bolsonaro têm agendas com religiosos após “guerra santa” na web

Vídeos de suposto apoiador satanista de Lula e de Bolsonaro em reunião da maçonaria viralizaram nesta semana

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Candidatos à Presidência, Lula e Bolsonaro cumprem agenda em igrejas pelo Brasil
1 de 1 Candidatos à Presidência, Lula e Bolsonaro cumprem agenda em igrejas pelo Brasil - Foto: Metrópoles

Um dia após serem alvo de polêmicas nas redes sociais, os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram, nesta terça-feira (4/10), agendas com religiosos. Desde o início desta semana, Lula tem sido associado ao satanismo, e Bolsonaro, à maçonaria (entenda os episódios mais abaixo).

O atual mandatário e o ex-presidente disputam votos para ver quem será o titular da República a partir de 2023. No primeiro turno do pleito, o chefe do Executivo ficou atrás do petista no cenário nacional. Bolsonaro recebeu 51 milhões de votos (43,20%), enquanto Lula ficou com 57,2 milhões (48,43%).

Candidato à reeleição, Bolsonaro passou a tarde desta terça em São Paulo, onde participou de um culto da Assembleia de Deus. No evento religioso, o presidente pediu que fiéis não se “omitam” e não caiam no “canto da sereia” do “lado ruim”. “Estavam todos contra mim, a esquerda, os institutos de pesquisas, a mídia, alguns magistrados togados”, afirmou o candidato do PL, ao comentar sobre o primeiro turno do pleito de 2022.

A campanha de Lula também teve agenda com representante religioso nesta terça. Lula e sua esposa, Janja, participaram de um encontro com frei Davi e frades franciscanos pelo Dia de São Francisco de Assis, celebrado hoje pela Igreja Católica. Durante o evento, o petista reforçou que é cristão e afirmou: “Fé é coisa sagrada”.

Nas redes do ex-presidente, a campanha passou a divulgar informações frisando que o petista não é satanista. “Lula não tem pacto nem jamais conversou com o diabo”, diz uma imagem publicada.

Entenda as polêmicas

Um vídeo antigo que passou a circular nesta semana em grupos de aplicativos de mensagens mostra o presidente discursando em uma loja da maçonaria. O conteúdo é anterior à primeira candidatura de Bolsonaro à Presidência, em 2018.

As imagens vêm sendo exploradas por apoiadores de Lula, na tentativa de desgastar o chefe do Executivo federal perante o eleitorado cristão. Até a noite desta terça, Bolsonaro não havia se manifestado sobre o conteúdo.

A Igreja Católica se opõe à participação de seus fiéis na maçonaria. As agremiações evangélicas também fazem juízo negativo sobre a sociedade secreta.

Já o caso envolvendo o ex-presidente petista tem relação com um vídeo em que um homem satanista teria alguma ligação com o PT, o que o partido nega.

O homem satanista, identificado como Vicky Vanilla, gravou vídeos com uma camisa vermelha com a estrela do PT e uma bandeira de Lula. Os vídeos foram divulgados em diversos aplicativos.

Em nota, o PT afirma que Lula não tem relação com o satanismo. “Quem espalha isso é desonesto e abusa da boa-fé das pessoas”, diz o partido.

“A verdade, como já repetimos antes, é que Lula é cristão, católico, crismado, casado e frequentador da igreja. Não existe relação entre Lula e o satanismo”, finaliza a nota.

Diante da repercussão, o autor do vídeo também afirmou que suas declarações estavam sendo colocadas “fora de contexto” e negou relação de Lula com a “casa espiritual” que representa.

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