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Lula descarta Dilma e Dirceu em governo: “Não cabem dois presidentes”

O petista apontou a intenção de trazer gente nova e apostou que a ex-presidente e o ex-ministro não aceitariam novos cargos

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Posse do Luis Inacio Lula da Silva como novo ministro da casa civil no governo Dilma Rousseff
1 de 1 Posse do Luis Inacio Lula da Silva como novo ministro da casa civil no governo Dilma Rousseff - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em entrevista nesta quinta-feira (24/3) à Rádio Super Notícia, de Minas Gerais, Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, descartou levar a ex-presidente Dilma Rousseff e outros petistas históricos, entre eles, o ex-ministro José Dirceu, para o governo, caso seja eleito.

Segundo Lula, não faz sentido ter uma ex-presidente auxiliando um governo. Quanto a Dirceu, Lula disse que o momento é deixar espaço para os mais jovens.

“Eu não penso nisso. Primeiro, não tem sentido uma ex-presidente da República trabalhar de auxiliar em um outro governo. Tenho profundo respeito pela Dilma, ela tem uma competência técnica extraordinária, mas acho que muita gente que surgiu depois que governamos esse país. Tem muita gente nova e essas pessoas que tem experiência pode me ajudar dando palpite, conversando. Às vezes, pode me ajudar não fazendo nada”, disse Lula.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

Lula apontou que um novo governo dele deve ser baseado nas necessidades do povo, mas com gente nova participando do processo da campanha. “Acho que essas pessoas continuam tendo muito valor para mim. Todos eles são meus amigos e eu tenho profundo respeito. Obviamente, eles não vão repetir a passagem deles pelo governo. Não há necessidade” disse o ex-presidente.

“Nenhum deles aceitaria participar, porque eles sabem da importância de fazer um governo ousado para o período”, destacou.

Erro no impeachment

Lula foi questionado sobre o episódio de 2016, quando foi anunciado como ministro da Casa Civil da então presidente Dilma. Na época, a volta dele ao Planalto tinha o objetivo de ajudar a presidente na recomposição de sua base política no Congresso Nacional e tentar barrar o processo de impeachment. E ainda evitar a prisão do petista pela operação Lava Jato.

A nomeação de Lula, no entanto, foi anulada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio à divulgação, pela Lava Jato, de conversas telefônicas gravadas entre o ex-presidente e Dilma.

Lula, na entrevista, considerou a sua nomeação, na época, um erro.

“Quando eu fui convidado pela Dilma, eu disse para ela que no Palácio não cabem dois presidentes. Eu tentei ficar até uma hora da manhã mostrando para ela a ineficácia de tentar levar um ex-presidente para dentro do Palácio. Seria um incômodo para ela e seria um incômodo para mim. É que a situação estava muito difícil”, alegou Lula”.

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