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Lula critica setores “fascista e direitista” do agronegócio em entrevista ao JN

O ex-presidente ponderou, no entanto, que grandes empresários brasileiros não querem o desmatamento

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1 de 1 debate candidato presidencia luiz inacio lula da silva JN - Foto: Reprodução/Tv Globo

Em entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta-feira (25/8), o candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que há setores retrógrados do agronegócio que são contrários à preservação do meio ambiente, mas que grandes empresários e exportadores brasileiros estão preocupados com o desmatamento no país.

“Esse é o agronegócio fascista e direitista. Porque os empresários sérios que trabalham no agronegócio, que têm comércio com o exterior, que exportam para a Europa, para a China, esses não querem desmatar, esses querem preservar os nossos rios, querem preservar as nossas águas, querem preservar as nossas faunas. Esses não. Mas você tem um monte que quer”, disse Lula ao ser questionado sobre o que pensa a respeito da categoria do campo.

O petista lembrou as falas do então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro sugeriu aproveitar a pandemia para “passar a boiada” e aprovar leis que regularizavam a exploração predatória.

“Você está lembrada [Renata Vasconcellos] que o atual presidente tinha um ministro do Meio Ambiente que dizia que era para invadir com a boiada para desmatar a Amazônia? Nós não precisamos plantar milho, soja ou cana nem criar gado na Amazônia. O que nós precisamos é explorar corretamente, cientificamente, a biodiversidade da Amazônia”, disse Lula.

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Lula é candidato à Presidência pelo PT

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo

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Além de ter sua pele comparada à de Lula, 9 anos mais velho que Bolsonaro

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E informou que a tragédia deixou dois mortos

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William Bonner é jornalista

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O ex-presidente questionou a resistência de ruralistas ao seu projeto de governo. “Eu queria que você chamasse o mais reacionário dos representantes do agronegócio e perguntasse para ele o que que o Bolsonaro fez para ele que chegou perto daquilo que nós fizemos. Eu queria que vocês chamassem. Sabe por quê? Porque não tem nenhum governo que tratou do agronegócio como nós tratamos”, defendeu o petista.

“O Bolsonaro está ganhando o fazendeiro porque está liberando arma. Tem gente que acha que é bom ter arma em casa, que acha que é bom matar alguém, não, o que nós queremos é pacificar este país.”

Lula ainda defendeu o trabalho feito pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“O MST está fazendo uma coisa extraordinária, está cuidando de produzir. Não sei se você sabe, o MST hoje tem várias cooperativas, é o maior produtor de orgânicos do Brasil. Você tem que visitar uma cooperativa do MST, Renata [Vasconcellos], você vai ver que aquele MST de 30 anos atrás não existe mais”, destacou.

Sabatinas no Jornal Nacional

O petista é o terceiro entrevistado da série de sabatinas da TV Globo com os candidatos ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. A série teve início na segunda-feira (22/8), com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na terça-feira (23/8), Ciro Gomes (PDT) foi o entrevistado.

As sabatinas têm 40 minutos de duração e são feitas ao vivo diretamente dos “Estúdios Globo”, anteriormente chamado de Projac, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

As datas e a ordem das entrevistas foram definidas por sorteio em 1º de agosto com representantes dos partidos dos presidenciáveis. Veja:

  1. Segunda-feira (22/8): Jair Bolsonaro (PL)
  2. Terça-feira (23/8): Ciro Gomes (PDT)
  3. Quarta-feira (24/8): sem entrevista
  4. Quinta-feira (25/8): Lula (PT)
  5. Sexta-feira (26/8): Simone Tebet (MDB)

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