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Lula critica privatização da Eletrobras e quer rever venda, se eleito

Para o petista, a empresa foi vendida a “preço de banana” e refletirá no preço da conta de luz, que “ficará mais cara”

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato à Presidência da República, usou suas redes sociais para criticar a privatização da Eletrobras.

Segundo Lula, a empresa foi vendida pelo governo a “preço de banana” e que projetos sociais, como o “Luz para Todos”, vão chegar ao fim.

Na postagem, Lula ainda insinuou que, caso vença as eleições, poderá reverter a venda da estatal.  “Mas podem ter certeza: se vencermos a eleição de outubro, como todas as pesquisas anunciam, nós vamos restaurar a soberania do Brasil e do povo brasileiro”.

A Eletrobras finalizou o processo de capitalização na última quinta-feira (9/6) e passou de uma empresa estatal para privatizada. O preço por ação foi fixado em R$ 42, após cinco dias de reserva de cotas para investidores. A negociação das ações acontecerá a partir de segunda-feira (13/6), na B3.

“Não satisfeito em trazer de volta a fome, o desemprego, a inflação e outros flagelos que havíamos conseguido superar, o atual governo insiste em cometer mais esse crime contra o Brasil e o povo brasileiro: vender a Eletrobrás, a toque de caixa e a preço de banana. Tamanha pressa em entregar de mão beijada a maior empresa de geração de energia da América Latina, responsável por quase 40% da energia consumida no Brasil, só tem uma explicação: medo da derrota na eleição de outubro, com o consequente fim da mamata com dinheiro público”, disse.

Conta de luz

Para o petista, um reflexo da venda da empresa se refletirá na conta de luz que, em sua opinião, “ficará mais cara”.

“Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobrás, para aumentar ainda mais a conta de luz”, disse Lula, por meio das redes sociais.

Lula tem repetido sua posição contrária à venda da estatal em seus discursos e entrevistas de pré-campanha. Em Minas Gerais, no mês de maio, o petista chegou a mandar recado a investidores sobre o assunto.

“Eu quero dizer ao governo brasileiro e aos empresários: parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a comprar a Petrobrás vai ter que conversar conosco após a eleição”. 

“Parem de tentar privatizar a Eletrobrás. Porque, se não fosse a Eletrobrás, não teria o Programa Luz Pra Todos, que custou R$ 20 bilhões e só pôde ser feito porque a empresa era pública”, destacou o petista.

Rateio

No processo de privatização, a companhia vendeu R$ 68 bilhões em ações, valor acima da oferta. A reserva de ações com recursos do FGTS atingiu cerca de R$ 9 bilhões, valor maior que o teto previsto para o grupo, que era de R$ 6 bilhões.

Na segunda, haverá um rateio entre os compradores e interessados com ordens inferiores ao valor estabelecido deverão aumentar a oferta para garantirem sua cota.

Inicialmente, o governo ofereceu cerca de R$ 35 bilhões em ações ao mercado. A oferta primária foi de 627,6 milhões de ações, acrescida de mais um lote de 104,6 milhões. Com o número vendido, o governo conseguiu garantir pelo menos R$ 29,2 bilhões junto ao mercado.

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Lula discursa ao lado de Alckmin e Dilma, em Porto Alegre
Já Alckmin hoje caminha ao lado do ex-opositor Lula
Lula discursa ao lado de Alckmin e Dilma, em Porto Alegre
Lula em lançamento de livro na PUC de São Paulo
Lula e Janja em um dos encontros com Marco Aurélio e sua mulher
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