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Lula afirma que ele mesmo conversará com o mercado sobre economia

O petista candidato à Presidência da República também disse que estuda forma de substituir orçamento secreto

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O ex-presidente Lula tenta a reeleição e, por isso, procura o apoio de outros partidos
1 de 1 O ex-presidente Lula tenta a reeleição e, por isso, procura o apoio de outros partidos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, disse nesta terça-feira (31/5) que as conversas com empresários e representantes de setores produtivos do país serão feitas por ele próprio. E negou que economistas ligados a governos tucanos do passado sejam responsáveis em sua campanha por buscar esse diálogo.

Lula disse que é bem vinda a contribuição de nomes como o de Pérsio Arida, indicado por pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) para colaborar com o programa de governo, mas que não vai ficar indicando economistas para a função de interlocução com o mercado financeiro. As declarações vieram durante entrevista à rádio Bandeirantes, de Porto Alegre.

“O mercado precisa conversar com o candidato a presidente, e a hora que eu tiver interesse, eu vou conversar com o mercado. Eu não vou ficar indicando um economista”, disse Lula.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

De acordo com o petista, há “90 economistas participando do grupo de trabalho. Tem gente do mercado. Eu não vou queimar um ou outro economista”.

“O Pérsio Arida foi indicado pelo companheiro Alckmin para conversar com a Fundação Perseu Abramo sobre o programa de governo. E ele foi conversar e eu acho que é razoável que se converse. Nós não somos donos da verdade. E nós queremos conversar com todo mundo”, disse Lula.

Orçamento participativo

O petista disse ainda que economistas que auxiliam no seu programa de governo estudam uma forma de implantar um orçamento participativo para substituir o chamado orçamento secreto que, segundo o petista, faz do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), um “refém do Congresso”.

Em entevista  Lula não deu detalhes sobre como funcionaria a participação popular nas decisões de investimentos do Executivo, mas disse que esse ponto está sendo estudado a seu pedido por sua equipe.

Dilma

Na mesma entrevista, Lula afirmou que as pessoas precisam aprender a ter respeito pela ex-presidente Dilma Rousseff que, segundo ele, foi vítima de uma “armação”.

“Olha, vocês precisam a aprender a ter respeito pela presidente Dilma, porque poucas vezes na história deste país a gente teve uma mulher da qualidade dela”, disse Lula, ao ser questionado se o PT queria esconder os anos do governo da ex-presidente.

Lula alegou que a grande recessão registrada com Dilma, que levou o governo a ser lembrado como um desastre econômico, se deu pela insistência do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em votar pautas contrárias ao governo. “É por isso que a gente o chamava de homem-bomba”, disse Lula.

“Eu não quero que o Brasil esqueça. Quero que o Brasil lembre que a Dilma foi vítima de golpe, de armação”, disse Lula. “Tivemos um presidente da Câmara que trabalhava com o intuito de prejudicar o governo. Era tudo para evitar que a Dilma governasse, tudo para evitar que desse certo o governo”.

O ex-presidente afirmou que conversava tranquilamente com seu candidato a vice sobre o assunto porque ele não havia apoiado o impeachment. “O Geraldo Alckmin não só era contra como pediu um parecer de um advogado que deu um parecer contra o impeachment”, afirmou Lula.

Na verdade, Alckmin, no fim de março deste ano, chegou a ser questionado se estava arrependido de ter apoiado o impeachment, admitiu o apoio e respondeu que, no círculo tucano, ele foi um dos últimos a se posicionar a favor da cassação da presidente. Alckmin, no entanto, ressalvou dizendo que não votou, pois não era parlamentar.

Em março de 2016, o então tucano e governador de São Paulo, disse concordar “em gênero, número e grau” com o apoio dado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao impeachment.

Veja que, apesar das palavras de Lula, há imagens comprovando que Alckmin era a favor do impeachment.


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