1 de 1 Arte mostra as fotos do atual govrnador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e o psolista Marcelo Freixo frente a frente, com a bandeira do estado atrás - Metrópoles
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Pesquisa Ipec de intenção de votos para o governo do Rio de Janeiro, divulgada nesta terça-feira (30/8), mostra o governador Cláudio Castro (PL) na dianteira da corrida eleitoral, com 26%. Em seguida, aparece o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), com 19%.
No levantamento de julho, Castro (21%), que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), aparecia em empate técnico com Freixo (17%), nome defendido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os números são da pesquisa estimulada, quando os entrevistadores apresentam os nomes dos candidatos para os eleitores.
O instituto ouviu 1.200 pessoas do Rio de Janeiro entre 27 e 29 de agosto. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. O estudo está identificado no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro sob o protocolo Nº RJ-06010/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR-00063/2022. O índice de confiança na pesquisa é de 95%.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Veja o resultado da nova pesquisa estimulada:
Cláudio Castro (PL): 26%
Marcelo Freixo (PSB): 19%
Rodrigo Neves (PDT): 6%
Cyro Garcia (PSTU): 4%
Juliete Pantoja (UP): 3%
Eduardo Serra (PCB): 2%
Wilson Witzel (PMB): 2%
Paulo Ganime (Novo): 2%
Luiz Eugênio (PCO): 1%
Brancos e nulos: 19%
Não sabe/Não respondeu: 16%
Em um possível segundo turno, a pesquisa mostra Castro e Freixo em empate técnico, com 38% e 35%, respectivamente. Veja os números:
Cláudio Castro (PL): 38%
Marcelo Freixo (PSB): 35%
Brancos e Nulos: 17%
Não sabe/não respondeu: 11%
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, em que os eleitores precisam nomear um candidato sem ver opções prévias, Castro tem 16%, seguido por Freixo que foi escolhido por 9% e Neves, com 2%. O levantamento anterior mostrava Castro com 11%, Freixo com 5% e Neves com 1%.
Senado
Para o Senado, a pesquisa mostra Romário (PL) na dianteira, com 30%. Na pesquisa anterior, o candidato pontou 27%.
Em seguida, estão Alessandro Molon (PSB), com 8%, Daniel Silveira (PTB), com 7%, Cabo Daciolo (PDT), com 6%, Clarissa (União Brasil), com 5%, e André Ceciliano (PT), com 5%. Como a margem de erro é de três pontos, os candidatos ficam empatados tecnicamente.