Ipec: em Alagoas, Paulo Dantas tem 52%, contra 48% de Rodrigo Cunha
Percentual considera os votos válidos, que é o critério utilizado pela Justiça Eleitoral para definir o governador eleito
atualizado
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Pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira (28/10) aponta empate técnico na corrida para o governo de Alagoas. O candidato Paulo Dantas (MDB) concentra 52% dos votos válidos às vésperas do segundo turno das eleições, enquanto Rodrigo Cunha (União) aparece com 48%.
A pesquisa anterior, divulgada em 20 de outubro, mostrava Dantas com 55% dos votos válidos e Cunha concentrava 45% do eleitorado local.
A soma dos votos válidos recebidos é o critério utilizado pela Justiça Eleitoral para definir o governador eleito. Nesse caso, não são contabilizados os eleitores que declaram voto em branco ou nulo e indecisos.
A pesquisa ouviu 800 pessoas entre os dias 26 e 28 de outubro em 35 municípios alagoanos. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número AL-00388/2022.
Quando considerados os votos totais — com brancos, nulos e indecisos —, Dantas tem 46%, contra 42% de Cunha. Outros 6% afirmam votar em branco ou nulo e 6% não sabem quem escolher. Na primeira pesquisa, o emedebista estava com 49% e Cunha tinha 40%.
Os dados são referentes ao cenário estimulado, quando uma lista de candidatos é apresentada ao entrevistado.
O primeiro turno terminou com o emedebista na liderança com 46,64% dos votos válidos. Cunha teve 26,79%.
Investigação
Paulo Dantas foi afastado do cargo de governador por causa da investigação sobre um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do estado, à época em que era deputado estadual.
Apesar das investigações em andamento, Dantas concorrerá ao segundo turno para o governo alagoano e possui o apoio de Lula. Quando foi afastado, o atual chefe do Executivo de Alagoas definiu a ação como “grotesca” e afirmou que “tudo não passa de encenação, teatro”.
A decisão, tomada pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi criticada por aliados do emedebista, como Renan Calheiros. O senador declarou que o caso tem motivação política, por causa das proximidades do segundo turno das eleições, e acusou a magistrada de ser “bolsonarista”.
Na última quinta-feira (14/10), o STJ confirmou a decisão que afastou Dantas do cargo, mas reduziu o prazo em que ele deverá ficar fora Conforme o entendimento dos ministros, o emedebista deverá ficar longe da função até 31 de dezembro de 2022. O prazo anterior era de seis meses. Ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).