Interdições de rodovias seguem em cinco estados, mas não há bloqueios
Desde a noite de domingo (30/10), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem interdições e bloqueios em diversas estradas do país
atualizado
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Novo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desta sexta-feira (4/11) mostra que, apesar dos bloqueios terem sido interrompidos, ainda há 15 interdições em cinco estados.
Segundo a corporação, desde domingo (30/11), ao menos 954 intervenções, entre interdições e bloqueios, foram desmobilizadas. Na noite de quinta-feira (3/11), a PRF comunicou que não havia mais bloqueios em rodovias pelo país. No entanto, até as 20h50, ainda existiam 24 interdições em cinco estados. À tarde, o número de interdições reduziu para 28 e o de bloqueios, para dois.
Desde a noite de domingo (30/10), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) impedem o tráfego em diversas rodovias pelo Brasil em protesto contra o resultado das eleições. No mesmo dia, Bolsonaro foi derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Até o momento, o Mato Grosso concentra o maior número de interdições, com sete, seguido pelo Pará, com quatro.
Veja a lista de interdições:
- 1 no Amazonas;
- 1 no Mato Grosso do Sul;
- 7 no Mato Grosso;
- 4 no Pará;
- 2 em Roraima.
Na noite de quarta-feira (2/11), em pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que os manifestantes desobstruíssem as vias.
No último balanço do Ministério da Justiça e Segurança, o ministro Anderson Torres informou que, até a data, 37 prisões já haviam sido feitas e 4.216 multas aplicadas, totalizando R$ 11,3 milhões em penalizações.
Diminuição de bloqueios e interdições
No início do movimento, os bloqueios chegaram a atingir 25 estados mais o Distrito Federal, além das interdições. Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do início desta semana determinou a retirada dos manifestantes das vias, mas houve resistência das polícias em alguns estados.
O próprio presidente Bolsonaro divulgou um vídeo pedindo aos apoiadores o fim dos bloqueios, mas sem questionar o motivo das medidas, que é o de contestar o resultado da eleição e pedir uma intervenção militar. Parte dos manifestantes está adotando nova estratégia: protestar em frente unidades que representam as Forças Armadas.