Imprensa internacional repercute vitória de Lula: “Voto a voto”
Resultado foi divulgado na noite deste domingo e marcou a volta do petista ao poder 12 anos após deixar o cargo
atualizado
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A imprensa internacional repercutiu a vitória do candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva sobre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). O resultado do segundo turno foi divulgado na noite deste domingo (30/10) e marcou a volta do petista ao poder 12 anos após deixar o cargo.
Depois do anúncio, jornais estrangeiros deram destaque à eleição brasileira. O argentino Clarín ressaltou que a disputa foi decidida “voto a voto”, em meio a um clima polarizado da campanha.
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente venceu a eleição sobre o atual presidente Jair Bolsonaro e retornará ao Palácio do Planalto no próximo dia 1º de Janeiro”, escreveu.
A BBC afirmou que o país deu uma “guinada para a esquerda” com o retorno de Lula, e cravou que é “improvável que desapareça” o sentimento de divisão no país. “É um retorno impressionante para um político que não pôde concorrer na última eleição presidencial, em 2018, porque estava preso e proibido de se candidatar.”
Um dos mais tradicionais jornais americanos, o The New York Times disse que o Brasil “expulsou” Bolsonaro da presidência e salientou o “renascimento político” de Lula, que volta a presidência após ter sido preso.
Já o El País lembrou as recentes eleições de outros líderes de esquerda na América Latina, a exemplo de Gabriel Boric, no Chile, e Gustavo Petro, na Colômbia: “A esquerda latino-americana recebe Lula de braços abertos”.
A revista Time classificou o pleito como “de alto risco” após as ameaças do atual mandatário em não reconhecer o resultado das eleições. O presidente não se pronunciou após a oficialização da vitória de Lula.
“O retorno de Lula ao palácio presidencial do Brasil pode não ser tranquilo. O presidente Bolsonaro passou o ano passado alertando sobre os riscos de fraude eleitoral no sistema de votação eletrônica do Brasil, respeitado internacionalmente, sem fornecer evidências”, destacou.