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Haddad tem “sensação de virada no interior” de SP após pesquisa Ipec

Intenções de voto em Haddad saíram de 35% para 38% no interior do estado. Na região metropolitana, a porcentagem ficou estável: 47%

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1 de 1 fernando haddad - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad afirmou, nesta quarta-feira (26/10), ter uma “sensação de virada” nas intenções de voto no interior do estado. A afirmação foi dada em entrevista ao jornal Estadão. A fala do ex-ministro da Educação faz referência aos dados da pesquisa Ipec, divulgada na noite de terça-feira (25/10).

De acordo com o estudo, as intenções de voto em Haddad saíram de 35% para 38% no interior do estado. Na região metropolitana, a porcentagem ficou estável em relação à última pesquisa: 47%.

Os números apontam que Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi de 52% para 50% no interior do estado, e de 40% para 42% na região metropolitana.

“Vejo uma sensação de virada no interior, importante. Tenho recebido relatos de várias cidades no interior, dando conta de que há um temor crescente com as propostas do Tarcísio”, afirmou Haddad.

O candidato disse que tem recebido relatos de municípios interioranos sobre um “temor crescente com as propostas de Tarcísio”. Entre as medidas criticadas pelo petista estão a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a retirada de câmeras dos uniformes de policiais militares, apoiadas por Tarcísio de Freitas.

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados

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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir

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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público

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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público

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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra

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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes

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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado

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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado

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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro

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Haddad também criticou o fato de seu adversário não ser paulista. Nascido no Rio de Janeiro, Tarcísio chegou a ter a mudança de domicílio eleitoral questionada pelo Ministério Público estadual. Ele também foi alvo de piadas por não saber responder qual é o seu local de votação em São Paulo durante uma entrevista na campanha ao primeiro turno.

“O que estou vendo no estado inteiro é a sensação de que estamos vendo um aventureiro que chegou por ordem de Bolsonaro e está liderando as pesquisas por desinformação. A medida que a informação chega, as pessoas vão mudando seu posicionamento. Estou muito confiante, portanto, nessa reta final”, afirmou Haddad.

Pesquisa Ipec

O Ipec divulgou, nessa terça-feira (25/10), pesquisa de intenções de voto para o segundo turno da disputa ao governo do estado de São Paulo. Tarcísio aparece com 52% enquanto Haddad tem 48% dos votos válidos. No levantamento anterior, o ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro tinha 53% contra 47% do petista.

Em relação aos votos totais — que também consideram brancos, nulos e indecisos —Tarcísio tem 46% contra 43% de Haddad. Brancos e nulos são 7%, e 4% dos eleitores não sabem em quem votar ou não responderam.

O resultado indica um empate técnico na disputa, já que o levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre os dias 23 e 25 de outubro. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-06977/2022.

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