Haddad minimiza decisão de Rodrigo Garcia e lembra do “Bolsodoria”
Candidato do PT ao governo paulista diz que tucano já tinha proximidade com Bolsonaro e que decisão contraria história do PSDB
atualizado
Compartilhar notícia
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, minimizou o apoio que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) declarou às candidaturas de Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu adversário na disputa estadual, e de Jair Bolsonaro (PL).
O petista afirmou que já via com “ceticismo” a possibilidade do conseguir o apoio do tucano no segundo turno contra o candidato de Bolsonaro ao governo paulista e que a decisão de Garcia contraria a história do PSDB.
“A proximidade dele [Garcia] com Bolsonaro era muito grande. Basta lembrar do ‘Bolsodoria’ em 2018”, afirmou Haddad, ressaltando que já havia sido escolhido como alvo principal dos ataques da campanha do tucano e de Edson Aparecido (MDB), candidato da coligação ao Senado que usou as inserções no rádio e na TV para atacar o petista.
Haddad destacou o apoio declarado por tucanos históricos à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e disse que o ex-governador Mário Covas, liderança tucana que morreu em 2001, repreenderia a decisão de Rodrigo Garcia em aderir ao bolsonarismo.
“Ele abriu a campanha dizendo que era herdeiro do legado de Mário Covas. Imagina o que Mário Covas diria hoje sobre um apoio a Bolsonaro”, completou Haddad, que recebeu o apoio do Solidariedade e espera ter adesão do PDT de Ciro Gomes à sua campanha a governador nos próximos dias.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aproveitou para fazer uma provocação ao apoio declarado por Garcia a Tarcísio, citando uma declaração do candidato do Republicanos dada nesta terça-feira (3/10), na qual ele disse que “nao vê sentido” em dividir o palanque com o tucano.