Haddad diz que não é a favor de “saidinha” para todos os presos
Em sabatina, candidato do PT ao governo de São Paulo defendeu penas mais leves a delitos de menor gravidade
atualizado
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O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse, nesta terça-feira (23/8), não ser a favor da benefício da saída temporária, a chamada “saidinha”, para todos os presos.
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Ao ser questionado sobre ações para o sistema carcerário no estado, o petista ainda defendeu que sejam aplicadas penas, mais ou menos duras, de acordo com a gravidade do delito. As declarações foram dadas durante sabatina do G1.
“Esses dias estava o Supremo Tribunal Federal (STF) julgando uma mãe que roubou um shampoo. Ok, ela cometeu um delito. Mas vamos tratar de acordo com a gravidade do crime”, pontuou o candidato. “Você pode converter a pena, fazer a pessoa prestar serviços comunitários. Isso tudo é cabível no mundo moderno”, disse, listando possíveis punições para delitos de menor potencial.
“E tem o estuprador, o latrocida. A pior coisa do mundo é tratar tudo isso como se fosse a mesma coisa. Então, vamos dar pesos diferentes para tornar mais racional o tratamento dos crimes de acordo com a conduta e de acordo com a gravidade do delito”, assinalou Haddad.
Ainda no tema da segurança pública, o ex-prefeito de São Paulo argumentou que é necessária uma maior agilidade do Judiciário para julgar os processos de presos provisórios, como forma de desafogar os presídios. Atualmente, 81,48% das unidades prisionais operam acima da capacidade, de acordo com relatório da Defensoria Pública.