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Governo dos EUA: Brasil tem “histórico de eleições livres e justas”

Sem comentar suposto recado da CIA ao governo brasileiro, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA elogiou a democracia brasileira

atualizado

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1 de 1 ned price (1) - Foto: Ron Przysucha/Departamento de Estado dos EUA

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price, comentou, nesta quinta-feira (5/5), sobre o suposto recado enviado pelo Serviço de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) ao presidente Jair Bolsonaro (PL), criticando os recentes questionamentos do chefe do Executivo federal sobre a lisura e confiabilidade das eleições.

“É claro que não vou me pronunciar sobre mensagens que o diretor da CIA possa ter dado. O que eu vou dizer é que regularmente nos engajamos com nossos parceiros brasileiros. Nossa conclusão é que assim como os Estados Unidos, o Brasil é uma democracia forte e ambos temos o compromisso de garantir nossas democracias decididas pelo povo”, explicou Price.

Segundo o representante da Casa Branca, o país tem “muita confiança nas instituições democráticas brasileiras”. “O Brasil tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação eleitoral”, disse.

“É importante que os brasileiros, enquanto aguardam ansiosamente as eleições, tenham confiança em seus sistema eleitoral e que o Brasil está em posição de demonstrar ao mundo através de duas eleições a força duradoura da democracia brasileira”, completou.

Veja:

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

Igo Estrela/Metrópoles
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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

Reprodução
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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

Reprodução/Youtube
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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Entenda

Reportagem divulgada pela agência de notícias estrangeira Reuters aponta que o diretor da CIA, William Burns, teria dito a integrantes do governo Jair Bolsonaro que o presidente deveria deixar de questionar a integridade das eleições no país.

O suposto pedido teria sido feito durante uma reunião em julho de 2021, de acordo com os relatos das fontes, que não quiseram ser identificadas.

Ainda não está claro onde a reunião ocorreu. No entanto, Burns esteve no Brasil em julho, em viagem não estava prevista em sua agenda oficial. Na ocasião, o diretor da CIA encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete Institucional, o general Augusto Heleno, e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

De acordo com a agência, Burns jantou com o generais Augusto Heleno e o Luiz Eduardo Ramos, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência durante a mesma visita à Brasília, a quem o norte-americano disse que o processo democrático é sagrado, e que Bolsonaro não deveria se referir a ele publicamente como vinha fazendo.

A Reuters questionou a CIA e a Presidência da República sobre o assunto, que não responderam.

Bolsonaro tem feito constantes ataques ao sistema eleitoral do Brasil e ao voto eletrônico, sem apresentar provas. Ele defende o voto impresso, usado nas eleições norte-americanas.

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