1 de 1 Arte mostra as fotos do atual govrnador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e o psolista Marcelo Freixo frente a frente, com a bandeira do estado atrás - Metrópoles
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Pesquisa Genial/Quaest de intenção de votos para o governo do Rio de Janeiro aponta liderança do governador Cláudio Castro (PL) na corrida eleitoral. O atual titular do Palácio da Guanabara tem, no primeiro turno das eleições, 25% do eleitorado, enquanto o segundo colocado, Marcelo Freixo (PSB), está com 19%.
Brancos e nulos são 24% do total de eleitores, enquanto 13% ainda estão indecisos quanto ao voto. Os números são referentes à pesquisa estimulada, quando os candidatos são apresentados ao entrevistado.
Os números indicam uma estabilidade na liderança de Castro. Na última pesquisa do instituto, divulgada em julho, o atual governador concentrava os mesmos 25% de eleitores. Freixo, em contrapartida, caiu de 23% em julho para 19% em agosto.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
No caso da versão espontânea (quando os nomes não são apresentados), Cláudio Castro aparece com 10%, seguido de Freixo, com 6%. Neste caso, os indecisos são 78%. Já os outros candidatos representam 3%, mesmo índice daqueles de branco, nulo ou não que não pretendem votar.
Grau de segurança
A pesquisa também mediu o grau de segurança do eleitorado em relação ao voto. Mais da metade dos entrevistados (60%) disseram que ainda podem mudar de escolha sobre o voto, enquanto 38% asseguram que a escolha é definitiva. O restante se mostrou indeciso com a eleição para o Palácio da Guanabara.
Foram entrevistadas mais de 1,5 mil pessoas residentes do estado, entre eleitores com 16 anos ou mais, nos dias 12 a 15 de agosto. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas face-a-face. A pesquisa está registrada no TSE e no TRE como RJ 07554/2022 e BR 08389/2022.