Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18/8) indica que, no Rio de Janeiro, há um empate entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno da disputa pela Presidência da República. Ambos os candidatos concentram 39% das intenções de voto na versão estimulada (quando os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado).
No comparativo com a última pesquisa realizada pelos institutos, o petista se manteve estável, enquanto o atual presidente e candidato à reeleição registrou crescimento de cinco pontos percentuais entre o eleitorado do estado (de 34% a 39%).
Bolsonaro e Lula são seguidos por Ciro Gomes (PDT), que tem 6% dos votos no estado. Na sequência, está Simone Tebet (MDB), com 2% dos votantes.
Indecisos, brancos e nulos correspondem a 4% dos votos; 9% dos entrevistados disseram que não pretendem votar no primeiro turno destas eleições.
Foram entrevistadas mais de 1,5 mil pessoas residentes do estado, entre eleitores com 16 anos ou mais, nos dias 12 a 15 de agosto. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas face a face. A pesquisa está registrada no TSE e no TRE como BR 08389/2022 e RJ 07554/2022.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
Na versão espontânea (quando não são apresentados os nomes dos candidatos), Bolsonaro aparece com 32%, enquanto Lula tem 30%. Na pesquisa anterior, Lula contava com 31% das intenções; Bolsonaro, com 27%.
Os indecisos, neste caso, são 33%. Ciro Gomes tem 2%, e os outros postulantes somam 1%. Brancos, nulos e que não pretendem votar são 2%.
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