“Faremos a transição independente de Bolsonaro”, diz Gleisi Hoffmann
Presidente nacional do PT disse que instituições possibilitam transição de governo para Lula, mesmo sem cooperação de Bolsonaro
atualizado
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São Paulo – A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta segunda-feira (31/10), que a transição de governo para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorrerá mesmo sem a colaboração do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
A deputada federal avaliou a postura de Bolsonaro de se manter em silêncio como “ruim para o Brasil”.
“Agora nós temos uma legislação que diz respeito à transição; temos instituições sólidas no país, e isso vai garantir que a gente faça a transição de governo independente do presidente Bolsonaro”, disse Gleisi.
Prazo de 48 horas
De acordo com a presidente do PT, a legislação estipula que o processo de transição seja iniciado em até 48 horas após a eleição. No entanto, Gleisi afirmou que o presidente Bolsonaro ainda não entrou em contato com Lula, mas a equipe do presidente eleito já se articula.
“Nós fizemos hoje uma primeira reunião. Pela lei que estabelece o processo de transição, são 48 horas para iniciar isso, ou seja, ainda tem 48 horas para que a gente se organize e depois possa conversar com o governo, indicar coordenação, indicar o grupo de transição. E nós temos uma primeira reunião interna hoje para iniciar essas tratativas. Mas não fizemos nenhum contato ainda”.
Gleisi informou que ainda não foi definido o nome do coordenador de transição. “Temos essas 48 horas para depois poder indicar ao governo e também para a sociedade brasileira quem vai fazer a coordenação e os nomes dos 50 integrantes da equipe de transição”, reforçou a política.
Judicialização
A presidente do PT explicou que neste momento não existe a previsão e a necessidade de entrar com alguma ação judicial para assegurar o processo de transição. “Nós vamos fazer contato político, tem os representantes dos partidos políticos que apoiaram o Bolsonaro. Nós vamos entrar em contato com eles; temos responsabilidade com o país”, reforçou.
A aliada de Lula continuou: “Queremos fazer com que a coisa seja mais razoável possível a bem do Brasil. A intenção é não judicializar por enquanto”.