Fake news recentes tentam descredibilizar pesquisas eleitorais
Mais do que atacar adversários, as principais fake news sobre eleições que circulam na internet questionam a credibilidade das pesquisas
atualizado
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Autoridades e instituições como, por exemplo, o TSE estão muito preocupados com a desinformação que visa descredibilizar o processo eleitoral (como, por exemplo, as que atacam as urnas eletrônicas). Porém, temos visto, pelo menos por enquanto, que as principais fake news eleitorais dos últimos dias têm mirado em outro elemento: as pesquisas eleitorais.
Grande parte da desinformação que tem circulado em redes sociais e aplicativos de mensagem visa apontar que as pesquisas de opinião (que colocam Lula em primeiro lugar) estariam erradas. Este tipo de fake news têm se dividido em duas categorias.
Uma delas é aquela que aponta para “eventos” que provariam que Bolsonaro é “muito popular” ou que Lula é “muito impopular”. Neste sentido, vídeos e fotos fora de contexto estão sendo compartilhados a torto e a direito na web (como falamos no A Semana em Fakes da última semana).
Nos últimos dias, por exemplo, desmentimos que Lula foi hostilizado por uma multidão (como neste caso) ou que Bolsonaro foi ovacionado por milhões de pessoas (como podemos ver aqui e aqui). Em todos os casos, mensagens que acompanham os arquivos sinalizam para “provas” de que as pesquisas estão erradas.
A outra é a que ataca, diretamente, as pesquisas eleitorais. Isso é feito por meio de disseminação de resultados de pesquisas eleitorais falsas ou, ainda, para apontar para eventuais “manipulações” para mexer nos resultados das pesquisas. Desta natureza, tivemos fake news como a que apontava para pesquisas que Bolsonaro estaria na frente em todos estados ou mesmo que ele estava na frente, mas que a CNN “escondeu”.
É importante citar que, apesar da onda de desinformação mirar as pesquisas, não há (assim como nos casos das urnas eletrônicas) qualquer prova de que há manipulação. As pesquisas eleitorais dos maiores institutos seguem uma metodologia e, inclusive, têm uma margem de erro. Mais do que isso: seja nos casos da vitória da esquerda (como nos de Lula e Dilma) como nos da direita (como no trunfo de Bolsonaro), as pesquisas eleitorais anteciparam o resultado.
Ou seja: se você vir mensagens apontando que uma grande reunião de pessoas (seja com imagens com legendas corretas ou não) “provam” que as pesquisas estão erradas ou ainda “pesquisas incríveis” com resultados discrepantes, desconfie. Pode ser nada mais do que fake news para justificar o mimimi (ou chororô) de quem está perdendo (seja vermelho, azul, verde ou amarelo).
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