Exército quer notificar Jefferson sobre suspensão da licença de CAC
Os militares pediram à Secretaria Penitenciária do Rio de Janeiro uma data para notificar o ex-deputado
atualizado
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Preso desde o último domingo (23/10), o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson poderá ser notificado pelo Exército sobre o cancelamento de seu registro como CAC (caçador, atirador, colecionador). Nesta sexta-feira (28/10), os militares pediram à Secretaria Penitenciária do Rio de Janeiro para que seja marcada uma data para a notificação do ex-deputado.
A licença de Jefferson estava suspensa desde agosto de 2021 e ele não poderia portar armas fora de Brasília. O pedido de notificação do Exército deve ser analisado pela Secretaria e ser retornado em 15 dias.
O ex-presidente foi detido após resistir uma ordem e de detenção decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ministro revogou a prisão domiciliar do ex-deputado e solicitou que ele voltasse para o regime fechado, após Jefferson usar as redes sociais da filha para xingar a ministra Cármen Lúcia.
Contra os agentes da Polícia Federal, o político jogou granadas e atirou com um fuzil. O delegado Marcelo Vilela e a agente Karina Oliveira ficaram feridos na ocasião. O caso ocorreu em sua residência no Rio de Janeiro.
Ainda na ação, a PF apreendeu 7,7 mil unidades de munição na casa do ex-deputado em Levy Gasparian, na região sul fluminense. Entre os objetos apreendidos pela corporação, constam uma pistola 9mm e um fuzil calibre 5.56, usado por Jefferson para atirar nos policiais. Também foram encontrados dois carregadores com 59 cartuchos.
Dentro da casa, os policiais encontrou diversas caixas de cartuchos, para armas dos mais diversos calibres; duas armas de brinquedo (uma pistola e um fuzil); e dois coletes à prova de bala. Na área externa, a PF localizou 24 fragmentos de granada espalhados na rua.
Nessa quinta-feira (27/10), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu a prisão em flagrante do ex-deputado em preventiva. Segundo ele, ao resistir à prisão, Jefferson iniciou um verdadeiro confronto de guerra com a Polícia Federal.