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Ex-ministros de Dilma serão homens fortes em eventual governo Tarcísio

Coordenadores na campanha, Gilberto Kassab e Guilherme Afif se cacifam para ocupar postos-chaves em caso de vitória de Tarcísio em SP

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Foto do Kassab: Governo de São Paulo/Divulgação Foto de Afif: Igo Estrela/Metrópoles
Montagem de Gilberto Kassab com Guilherme Afif
1 de 1 Montagem de Gilberto Kassab com Guilherme Afif - Foto: <p>Foto do Kassab: Governo de São Paulo/Divulgação<br /> Foto de Afif: Igo Estrela/Metrópoles</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O favoritismo do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na eleição a governador de São Paulo já desencadeou um rearranjo das principais forças políticas paulistas interessadas em ocupar cargos no governo que por 28 anos ficou sob o comando do PSDB.

Enquanto líderes partidários, deputados, prefeitos e até o governador tucano Rodrigo Garcia, terceiro colocado no primeiro turno, correram para declarar apoio ao candidato bolsonarista no segundo turno contra o petista Fernando Haddad, dois nomes se consolidam como homens fortes em um eventual governo Tarcísio a partir de 2023. Curiosamente, ambos foram ministros no governo de Dilma Rousseff (PT).

O primeiro deles é o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que foi ministro das Cidades durante o segundo mandato de Dilma, entre janeiro de 2015 e abril de 2016. Kassab chegou a oferecer seu partido para que Geraldo Alckmin (PSB), agora vice de Lula, concorresse novamente ao governo e, diante da recusa do ex-tucano, lançou a pré-candidatura do ex-prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth ao cargo.

Em julho, Kassab acertou a coligação com o Republicanos e colocou Ramuth como vice na chapa de Tarcísio. A aliança foi criticada por bolsonaristas porque Kassab já havia declarado que não apoiaria a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) — o PSD acabou optando pela neutralidade na eleição presidencial.

Com pouco tempo de campanha, Tarcísio já estava encantado com Kassab, notório articulador político. Nos bastidores, o ex-ministro rasga elogios ao ex-ministro de Dilma. Segundo aliados próximos, Kassab ocupará o lugar que quiser em um eventual governo do candidato bolsonarista.

O cargo mais provável, de acordo com os aliados, seria a chefia da Casa Civil, posto-chave do governo para o qual Kassab já foi nomeado pelo ex-governador João Doria (PSDB), mas nunca assumiu de fato porque foi pressionado a se afastar após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, no fim de 2018.

O mesmo prestígio junto a Tarcísio tem Guilherme Afif, que foi ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República do governo Dilma, entre 2013 e 2015, além de já ter sido vice-governador de Geraldo Alckmin, que agora é candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Logo no início do governo Bolsonaro, em 2019, Afif foi nomeado assessor especial do ministro da Economia, Paulo Guedes, e só deixou o cargo em maio deste ano para formular o plano de governo da campanha de Tarcísio a governador. À época, o ex-ministro da Infraestrutura apresentava apenas 10% das intenções de voto nas pesquisas.

Pela experiência e pela confiança que Afif tem junto a Tarcísio, políticos tanto do PSD quanto do Republicanos afirmam que, como Kassab, ele também ocupará um cargo estratégico em um eventual governo do ex-ministro bolsonarista. Dois tradicionais políticos paulistas auxiliando o provável futuro governador carioca de São Paulo.

Tarcísio venceu o primeiro com 7 pontos percentuais de vantagem sobre Fernando Haddad (42,3% contra 35,7%), o que representa 1,6 milhão de votos de diferença. As primeiras pesquisas do segundo turno apontam o candidato do Republicanos com 50% das intenções de voto, contra 40% do petista. O segundo turno será no dia 30 de outubro.

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