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Ex-banqueiro ajuda na elaboração da política monetária de Lula

Gabriel Galípolo acompanhou Gleisi Hoffmann em um jantar com empresários e trabalha na formulação do tema dentro da fundação do PT

atualizado

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Gabriel Galípolo
1 de 1 Gabriel Galípolo - Foto: Reprodução/ ABJD

O economista Gabriel Galípolo, que acompanhou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), em um jantar com empresários em São Paulo, na noite dessa segunda-feira (4/4), está cuidando da elaboração de um “caderno temático” sobre política monetária para a Fundação Perseu Abramo (FPA), entidade do PT formuladora de políticas públicas e estudos para o partido.

Galípolo não é filiado ao PT e, por isso, de acordo com a fundação, ainda não integra formalmente o núcleo de mais de 80 economistas que vem trabalhando na formulação de políticas que vão orientar o plano a ser apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha à Presidência da República.

A contribuição do ex-banqueiro, no entanto, extrapola a área da política monetária. De acordo com a Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas (NAPP) da entidade, Galípolo também tem contribuído em temas como infraestrutura e concessões, assunto no qual ele é especialista.

A presença de Galípolo no jantar com Gleisi foi revelada pela Folha de S.Paulo.

A relação de Galípolo com o PT não é nova, apesar de sua atuação até bem pouco tempo no mercado financeiro. Em 2010, o economista ajudou a construir o plano de governo do ex-ministro Aloizio Mercadante, atual presidente da FPA, em sua candidatura ao governo de São Paulo.

Na época, Mercandante, que coordenará o plano de governo do ex-presidente, perdeu as eleições para o então tucano Geraldo Alckmin, hoje no PSB e provável vice de Lula, “Temos dialogado constantemente com o economista”, diz a nota distribuída pela FPA.

“Moeda única”

Embora Galípolo não esteja formalmente no grupo de economistas, ele integra o time mais próximo de Lula. Sua presença na campanha indica propostas novas que podem ser apresentadas pelo petistas no campo monetário. Uma pista está em um recente artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo e assinado com o ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo.

O texto sustenta a criação de uma moeda sul-americana, como é o euro na Europa. Para eles, essa criação pode impulsionar o processo de integração regional e fortalecer a soberania monetária dos países da América do Sul.

Com 40 anos, Galípolo presidiu o Banco Fator de 2017 a 2021. Ele é formado pela PUC-SP, onde também lecionou.

O economista também foi sócio de Luiz Gonzaga Belluzzo, outro assíduo conselheiro de Lula. Ele também atuou como chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, e foi diretor de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, em 2008, durante os governos tucanos de José Serra e Alberto Goldman.

Galípolo também é coautor do livro “Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo”, em parceria com Belluzzo, no qual tratam, de maneira bem humorada e ágil de desmontar, entre vários pontos, teses neoliberais de economia.

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