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Encontros de Bolsonaro com empresários crescem 80% em ano eleitoral

Economia é tida como foco principal das campanhas de candidatos que irão disputar o Palácio do Planalto nas eleições deste ano

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Presidente Jair Bolsonaro, primeira dama Michelle Bolsonaro e ministros acompanham a cerimônia Cerimônia de Cumprimento aos Oficiais-Generais promovidos no Palácio do Planalto 9
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro, primeira dama Michelle Bolsonaro e ministros acompanham a cerimônia Cerimônia de Cumprimento aos Oficiais-Generais promovidos no Palácio do Planalto 9 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Fome, inflação e desemprego. Nunca a economia esteve tão em foco em uma eleição presidencial. Há um consenso entre todas as campanhas de candidatos que vão disputar o Palácio do Planalto que, se a corrupção foi o tema principal das últimas eleições, o foco deste ano é a recuperação da economia. Diante disso, Jair Bolsonaro (PL), que tentará a reeleição, tem investido em reuniões com empresários e aumentou em 80% suas agendas com o segmento desde o ano passado.

Segundo levantamento feito pelo Metrópoles com base na agenda presidencial, de janeiro a agosto de 2021, o atual chefe do Executivo federal se encontrou com empresários dos mais diversos setores em 15 oportunidades. No mesmo período de 2022, o número quase dobrou – ao todo, foram 27 agendas. 

De todos os encontros com empresários registrados na agenda de Bolsonaro, o setor do agronegócio foi o que o presidente mais investiu entre 2021 e 2022. De janeiro a agosto do ano passado, houve apenas uma agenda com empresários do agro. Neste ano, foram 15. 

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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Os eventos com o setor incluem a participação do presidente em feiras do agronegócio. Nas ocasiões, Bolsonaro costuma exaltar “o homem do campo”, agricultores e produtores rurais que impulsionaram a economia durante a pandemia

Empresários de mais de um setor, como do segmento internacional, por exemplo, ocupam o segundo lugar dos que mais se encontraram com o presidente neste ano: 7 ao todo. Comércio (4) e indústria (2) aparecem na sequência. Veja a lista completa abaixo:

Economia no foco de presidenciáveis

O plano dos marqueteiros de campanha do presidente Jair Bolsonaro é atrair justamente o eleitorado de baixa renda, que recebe benefícios sociais. No último mês, o governo articulou – e o Congresso Nacional aprovou – a PEC dos Auxílios, que abriu caminho para o Planalto desembolsar R$ 41,2 bilhões em programas sociais em pleno ano eleitoral.

A ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600, por exemplo, fez o núcleo de campanha de Bolsonaro comemorar o avanço, ainda que tímido, do presidente nas recentes pesquisas eleitorais.

O comitê de campanha do atual mandatário da República planeja que até mesmo a primeira-dama Michelle Bolsonaro se reúna com empresários. O encontro deve ocorrer ainda este mês, em São Paulo.

A estratégia eleitoral não se limita apenas a Bolsonaro. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também têm se encontrado com empresários. Para Eduardo Galvão, analista político e professor de Relações Institucionais do Ibmec Brasília, os números relacionados à economia e ao desemprego têm sido a principal preocupação dos brasileiros quando se fala em eleições.

“O próximo presidente eleito precisará trabalhar em parceria com as empresas para que de fato possa restabelecer os empregos e o poder de compra dos brasileiros. Ciente disso, os candidatos ajustam seus discursos e dão reconhecimento ao empresariado”, explica Galvão.

Rodolfo Tamanaha, professor de Ciências Políticas do Ibmec Brasília, pontua que a estratégia de campanha de Bolsonaro em focar no empresariado tem o intuito de demonstrar que o discurso político de uma gestão pró-liberal possa ser liberado.

“Essas movimentações recentes que a gente tem visto por parte do presidente Jair Bolsonaro seguem uma lógica muito tradicional das eleições do Brasil. O apoio da classe empresarial sempre é visto como um elemento muito importante”, observa. 

Na última semana, Lula, que é o principal adversário político de Bolsonaro, se reuniu com empresários em evento com presidenciáveis promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na ocasião, ele defendeu que fará uma reforma administrativa e tributária, caso eleito – o que agradou o setor.

No mesmo evento, Ciro disse que o estado de São Paulo é a sede e a saída da crise econômica que o país vivencia. Já Tebet disse a empresários que, se eleita, seu governo será parceiro da iniciativa privada. Em sua fala, ela defendeu que o Estado é aquele que garante políticas públicas, mas deve deixar a iniciativa privada produzir e gerar emprego e renda.

A participação de Bolsonaro no evento da Fiesp estava prevista, mas foi cancelada de última hora em meio à divulgação dos manifestos pela democracia. A própria federação apoiou o documento. O atual titular do Planalto tem criticado o movimento e passou a chamar o documento em defesa da democracia de “cartinha”.

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