1 de 1 Convenção do PT
- Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
São Paulo – O PT aprovou, por unanimidade, na manhã desta quinta-feira (21/7), a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Em convenção realizada na capital paulista, o partido também confirmou que o vice será o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
O evento ocorreu sem a presença do petista e de seu vice na chapa, que estão em agenda em Pernambuco. Em seguida, a federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, oficializou com unanimidade a chapa em convenção.
O petista será o primeiro candidato de uma federação, que significa uma aliança de quatro anos, em que as siglas se comprometem a atuar em convergência. Além dos partidos que compõem a federação, a aliança da chapa Lula e Alckmin conta com PSol, Rede, PSB e Solidariedade.
Após as convenções, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou à imprensa que as lideranças dos partidos que compõem a coligação foram liberadas para negociar com outras siglas apoio à chapa. Segundo ela, o PT tem mantido conversas com MDB e PSD.
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Gleisei Hoffmann, presidente do PT
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Convenção do PT oficilalizou chapa Lula e Alckmin
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Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, abriu convenção em São Paulo
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Convenção do PT aconteceu em hotel no centro de São Paulo
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Lula e Alckmin cumprem agenda em Pernambuco e não comparecem à convenção do PT
“Decidimos como meta a ampliação do movimento político. Não é uma eleição normal, que fazíamos debate de proposta, traz elementos duros, como ódio e violência. (…) É importante um movimento para que democratas e progressista não deixem que essa criatura sentada na Presidência fique fazendo artes que está fazendo”, disse.
Entre as críticas de Gleisi ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, está a reunião com embaixadores para discutir a segurança do sistema eleitoral brasileiro. “O problema não é com urna eletrônica, problema dele [Bolsonaro] é com voto do povo.”
Em relação às alianças regionais, a petista ressaltou que as siglas precisam decidir as candidaturas até 5 de agosto. Casos como o do Rio de Janeiro e do Ceará, em que houve desrespeito a acordos, o PT vai fazer reuniões nos próximos dias para definir as chapas.
Após a escolha da chapa em convenção, os partidos têm até 15 de agosto para fazer o registro no TSE. Só a partir do dia 16 que o ex-presidente poderá pedir votos, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.
Esta será a sexta vez em que Lula concorre às eleições e a primeira vez em que estará ao lado de Alckmin, seu ex-adversário histórico. Um dos primeiros filiados ao PSDB, o ex-governador de São Paulo deixou o ninho tucano no fim do ano passado após mais de 33 anos na legenda.
Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
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