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Em Natal, Bolsonaro exalta mulheres e ataca PT: “Chega de roubalheira”

Tentando reverter forte rejeição do eleitorado feminino, candidato à reeleição disse que sua administração tem “carinho” por mulheres

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1 de 1 bolsonaro-natal - Foto: Reprodução/Redes sociais

Durante comício eleitoral em Natal, no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14/9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) exaltou, mais uma vez, as mulheres brasileiras. O candidato à reeleição ainda voltou a atacar o PT, partido de seu principal adversário nas eleições deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao discursar a apoiadores, Bolsonaro ressaltou que das 370 mil pessoas que receberam títulos de terra do governo, 80% são mulheres. Também lembrou que das 20 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil, 15 milhões são comandadas por mulheres.

“Nós temos um carinho todo especial para com a mulher brasileira. […] As mulheres estão em primeiro lugar em qualquer planejamento de governo. […] Nós temos mais que um carinho, um trabalho muito especial para as mulheres do nosso Brasil”, afirmou o presidente.

A fala do presidente é uma estratégia da campanha para reverter a rejeição entre o eleitorado feminino. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última semana, Bolsonaro é reprovado por 45% das mulheres do país.

Para contornar o cenário, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também tem trabalhado pela reeleição do marido ao Palácio do Planalto. Em programa eleitoral exibido nesta terça, Michelle diz que “se para alguns parece estranho que o Jair tenha feito tanta coisa para a proteção das mulheres, é porque não conhecem o presidente”.

“Você [eleitor] tem acompanhado o trabalho da primeira-dama em Brasília. Nenhum de nós pode ser bem-sucedido se não tiver, exatamente ao nosso lado, uma grande mulher”, disse o candidato durante o comício.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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“Chega de roubalheira”

Em sua fala, o atual titular do Palácio do Planalto ainda relembrou que, em 18 dias, a população vai decidir quem irá administrar o país. “Tenho certeza que nós não queremos um ladrão no poder”, disse, sem citar Lula diretamente.

“Temos uma data importante pela frente, 2 de outubro, onde vocês decidirão se querem que nós continuemos administrando esse país ou se querem que o ladrão volte ao poder. Eu tenho certeza que nós não queremos um ladrão no poder. Chega, PT. Chega de incompetência, chega de roubalheira, chega de dar as costas para o nosso povo”, prosseguiu.

Em outro momento, Bolsonaro disse que o Brasil “não merece” a gestão de Lula à frente do Executivo federal. “Alguns falam que eu falo palavrão. Mas eu não sou ladrão. O Brasil não merece um cara que há pouco saiu da cadeia e quer agora, com o seu vice, voltar à cena do crime. Não tem mais espaço para ladrão em nosso país”, pregou o presidente.

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