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Em ato com Lula, esposa de indigenista morto pede por justiça

Esposa do indigenista morto na Amazônia esteve em evento de campanha que reúne lideranças indígenas, quilombolas e de terreiros no Pará

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pessoas em palco e mulher discursando
1 de 1 pessoas em palco e mulher discursando - Foto: Reprodução/Youtube

Beatriz Matos, viúva do indigenista Bruno Pereira, morto em junho com o jornalista britânico Dom Phillips, na terra indígena Vale do Javari (AM), participou de ato de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Pará, nesta sexta-feira (2/9).

Em discurso no evento, ela cobrou Justiça por Bruno e Dom e pediu que “todos os envolvidos sejam responsabilizados pelo crime”.

“A maior homenagem ao Bruno, para nós da família e para todos que o admiravam, seria, primeiramente, assegurar que seja feita Justiça no caso dele e de Dom. Que todos os envolvidos, inclusive possíveis mandantes, que até o momento não foram identificados, sejam responsabilizados. E que as redes criminosas que foram responsáveis pela morte dele e do Dom sejam desmontadas”, disse. 

A declaração da antropóloga ocorreu durante o evento de campanha do candidato à Presidência em Belém, nesta manhã. Chamado de Encontro de Lula com os Povos da Floresta e das Águas, o ato reúne lideranças de comunidades indígenas, quilombolas e de terreiros na região Amazônica.

Beatriz continuou o pronunciamento falando sobre o legado que Bruno deixou após defender, por anos, os povos originários isolados.

“Para mim, a maior homenagem ao Bruno e ao legado dele é garantir os direitos dos povos indígenas isolados pelos quais ele deu a vida. Para isso, é preciso manter a política do não contato, fortalecer a Funai, fortalecer as bases de proteção etnoambiental e demarcar as terras dos isolados”, frisou. 

Na ocasião, ela entregou um documento com propostas do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados (OPI), organização fundada por Bruno Pereira.

A viúva do indigenista citou ainda a morte do último sobrevivente do povo Tanaru, que vivia sozinho e isolado há quase 30 anos em Rondônia. Ele foi encontrado morto em seu território pela Fundação Nacional do Índio (Funai), na terça-feira (23/8).

“A política de isolados é essencial para prevenir novos genocídios como o que ocorreu na semana passada em Rondônia com a morte do Tanaru, último membro do seu povo que resistiu ao contato por décadas até morrer na floresta que ele cuidou a vida inteira. Com o Tanaru, um povo foi extinto e esse é o significado de genocídio. Foi contra isso que o Bruno lutou, e é em honra dele que a gente deve atuar.”

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