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Em 3 meses, TSE recebe 1.972 denúncias de desinformação sobre eleições

De julho a setembro, o número saltou de 83 para 1.972. Os dados são referentes às notificações do Sistema de Alerta de Desinformação

atualizado

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fake news e urna eletrônica
1 de 1 fake news e urna eletrônica - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Já chega a 1.972 o número de denúncias de desinformação sobre as eleições recebidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o final de junho. Os dados são referentes às notificações do Sistema de Alerta de Desinformação, plataforma destinada ao envio de publicações danosas que envolvem o processo eleitoral.

A ferramenta permite relatar publicações que contenham desinformação sobre as urnas eletrônicas, a Justiça Eleitoral, a contagem de votos, entre outros.

Em julho, uma reportagem do Metrópoles mostrou que 16 dias após o lançamento da plataforma já haviam sido enviadas 83 denúncias. O número deu um salto desde aquele mês, totalizando, em média, 27 notificações por dia.

As publicações apontadas estão, principalmente, no YouTube, mas há também relatos no TikTok, Facebook, Instagram, Twitter, Kwai e Telegram. Após o recebimento, os posts são encaminhados para as plataformas digitais que vão avaliar a remoção ou sinalização dos conteúdos na tentativa de estancar o impacto.

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O TSE ainda mantém acordo com agências de checagem, que também recebem as publicações suspeitas de espalharem desinformação. Dependendo da gravidade do caso, as denúncias podem ser repassadas ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para adoção de medidas mais severas.

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As fake news são conhecidas pelo poder viral que têm; ou seja, espalham-se rapidamente, principalmente em tempos de eleição e vacinação, por exemplo. O objetivo dessas falsas informações é manipular o leitor para que, dessa forma, ele a consuma sem se preocupar em confirmar se é verdade ou não
Outro aspecto muito comum nas fake news é o apelo para com pessoas que têm baixa escolaridade e que se informam, principalmente, pelas redes sociais. Apesar disso, não é incomum que pessoas com mais estudos também sejam persuadidos, uma vez que conteúdos falsos apresentam intensivo viés político
Para não cair e não compartilhar fake news, sempre verifique as fontes que constam na informação. Se após realizar uma procura no Google, por exemplo, a fonte não se sustentar, não apresentar respaldo ou só ter sido mencionada na matéria em questão, esse é um mau sinal
Notícias precisam ter datas. Existem informações que foram dadas como verdadeiras no passado, mas não necessariamente representam o momento atual. Portanto, não se deixe enganar por matérias antigas que, por algum motivo, voltaram a circular. 
Isso é perigoso
Desconfie da informação se ela apresentar posicionamento extremo, acusatório e radical. Informações verídicas têm como base dados oficiais, apresentam mais de um ponto de vista e estão abertas ao contraditório. Fakes news costumam ser ferrenhas na defesa de uma questão e na recusa a ouvir o outro lado da história. Na verdade, o ataque é um ponto comum nas informações falsas
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Fake news são informações falsas vinculadas em meios de comunicação com o intuito de legitimar um ponto de vista e prejudicar iniciativas, grupos específicos ou pessoas específicas

Nipitphon Na Chiangmai / EyeEm/ Getty Images
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As fake news são conhecidas pelo poder viral que têm; ou seja, espalham-se rapidamente, principalmente em tempos de eleição e vacinação, por exemplo. O objetivo dessas falsas informações é manipular o leitor para que, dessa forma, ele a consuma sem se preocupar em confirmar se é verdade ou não

tommy/ Getty Images
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Outro aspecto muito comum nas fake news é o apelo para com pessoas que têm baixa escolaridade e que se informam, principalmente, pelas redes sociais. Apesar disso, não é incomum que pessoas com mais estudos também sejam persuadidos, uma vez que conteúdos falsos apresentam intensivo viés político

FilippoBacci/ Getty Images
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Para não cair e não compartilhar fake news, sempre verifique as fontes que constam na informação. Se após realizar uma procura no Google, por exemplo, a fonte não se sustentar, não apresentar respaldo ou só ter sido mencionada na matéria em questão, esse é um mau sinal

sorbetto/ Getty Images
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Notícias precisam ter datas. Existem informações que foram dadas como verdadeiras no passado, mas não necessariamente representam o momento atual. Portanto, não se deixe enganar por matérias antigas que, por algum motivo, voltaram a circular. Isso é perigoso

tommy/ Getty Images
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Desconfie da informação se ela apresentar posicionamento extremo, acusatório e radical. Informações verídicas têm como base dados oficiais, apresentam mais de um ponto de vista e estão abertas ao contraditório. Fakes news costumam ser ferrenhas na defesa de uma questão e na recusa a ouvir o outro lado da história. Na verdade, o ataque é um ponto comum nas informações falsas

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Outra forma bem simples de identificar uma fake news é conferir se veículos sérios de comunicação também deram a notícia. Se a informação estiver apenas em um local ou em locais desconhecidos, desconfie

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Além disso, jamais se informe apenas pelo título. É comum que chamadas para matérias sejam pensadas para atrair a atenção do leitor. Contudo, o título não carrega todas as informações. Para ter certeza do que trata o conteúdo, não deixe de ler toda a reportagem

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Antes de acreditar ou compartilhar uma informação, apure-a de todas as formas que puder e tenha em mente que as fake news se alimentam de compartilhamento. Ao criar ou repassar uma informação mentirosa, você se torna cúmplice e pode ser responsabilizado pelo feito. Cuidado!

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O E-Farsas, Agência Lupa, Fato ou Fake e Projeto Comprova são sites de fact-checking onde profissionais qualificados trabalham arduamente para verificar informações e, com certeza, podem ajudar na hora de verificar se um conteúdo é verdadeiro ou falso

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Dados por plataforma

O YouTube é, de longe, a rede que mais recebeu denúncias, segundo os dados do TSE. Foram 1.764 entre 21 de junho e 2 de setembro. Em seguida, aparecem Facebook (82), Twitter (80) e demais plataformas: Instagram (24), TikTok (12), Kwai (9) e Telegram (1).

Entre as publicações, destacam-se posts de autoridades, como um do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas. O conteúdo, publicado em 2017, continua no ar. Os deputados federais Filipe Barros (PL), Marco Feliciano (PL) e Bia Kicis (PL) também figuram entre a lista de denunciados.

Como denunciar

O eleitor pode reportar informações distorcidas sobre os horários, locais e documentos exigidos no momento da votação. Basta acessar o sistema (disponível no link) e preencher o formulário.

Além disso, é possível relatar contas que se passam pela Justiça Eleitoral para fabricar conteúdo enganoso em relação às eleições. Posts com com discurso de ódio ou que incitem violência contra o sistema, agentes públicos ou prédios da Corte também devem ser notificados por meio da ferramenta.

Já as condutas de candidatos e partidos ou infrações relacionadas a propaganda eleitoral devem ser reportadas pelo aplicativo Pardal, uma outra plataforma de denúncias da Justiça Eleitoral.

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